Beirut no Recife


Será daqui a pouco, no Coquetel Molotov.

Beirut ou Beirute?

A capital do Líbano perdeu para o projeto musical de Zach Condon. Basta um Google e verás.

Condon, por sinal, nunca foi a Beirute. Teria assim batizado a banda pelo exotismo que a palavra empresta ao projeto.

Este será o último show no Brasil. Após três semanas, o que ele leva consigo (além das doses de caipirinha)?

A música brasileira se tornará mais uma fonte de criação, assim como a cultura francesa, mexicana e das Balcãs?

Quentin Tarantino no Brasil


“Hold on, I’m Coming”

Quentin Tarantino estará no Brasil em outubro.

O plano é lançar o novo longa, Bastardos Inglórios.

O diretor de Pulp fiction e Kill Bill fica no país entre 5 e 8 de outubro. A visita de Tarantino fez a data de estreia nacional de Bastardos Inglórios ser antecipada de 24 para 9 de outubro.

As informações são da assessoria de imprensa da Paramount Pictures, que faz a distribuição do filme no Brasil.

Bastardos inglórios foi lançado mundialmente em maio, no Festival de Cannes, e estreou comercialmente nos EUA e países da Europa e Ásia no último fim de semana.

No Brasil, o filme será exibido em pré-estreia durante o Festival do Rio, no dia 7 de outubro.

Produzido pela Weinstein Company e distribuído internacionalmente pela Universal Pictures, Bastardos inglórios tem em seu elenco os atores Brad Pitt, Eli Roth, Christoph Waltz e as atrizes Diane Kruger e Mélanie Laurent.

No filme, a França ocupada pelos nazistas serve de cenário para a vingança do tenente Aldo Raine e um grupo de soldados judeus americanos. Conhecido pelos alemães como os “Os Bastardos”, o grupo quer eliminar líderes do Terceiro Reich. Com requintes de crueldade próprios da “estética Tarantino”.

Radiohead em São Paulo: primeiras impressões

O show acabou fazem 20 minutos.

Assisti na linha de frente, uma confusão de gente pulando e chorando. Difícil fazer as fotos…!

Sentidos atordoados, me arrisco somente a descrever alguns momentos, ainda sob efeito das duas horas e vinte minutos de experiência sonora e visual.

1. “Foi uma tortura” – fã do Radiohead que aturou Los Hermanos, Kraftwerk, copos d’água a R$ 5 e gente vomitando por quatro horas antes dos ingleses subirem no palco;
2. A pontualidade também foi britânica: o show começou às 22h em ponto;
3. Johnny Greenwood tentou, mas não conseguiu manter o tipo gélido frente ao assédio dos brasileiros. Soltou um ou outro sorriso, e virou as costas abraçando a si, constrangido, algumas vezes;
4. Ele faz tipo, mas é o grande responsável pela excelência sonora da banda; durante o show, tocou guitarra com arco de violino, teclados, piano, e extraiu fantasmagorias com pedais, campos magnéticos e até … sinais de rádio.

5. Em coro, o público convenceu Thom Yorke a cantar o mantra final de Paranoid Android novamente, no violão, Logo depois, para delírio geral, emendou Fake plastic trees;
6. No primeiro bis, ele cai de joelhos para o público;
7. Johnny Greenwood reprocessando a voz de Yorke em Everything in his right place, o segundo bis;
8. A histeria no terceiro bis, nos primeiros acordes de Creep;
9. Referências orientais: duas bandeiras da Tailândia e, após o gran finale, música árabe para ouvidos extasiados.
10. Praticamente todas do In Rainbows foram tocadas, com todo mundo cantando junto.
11. Músicas mais pedidas e não atendidas: Just, 2 + 2 = 5, No surprises e Airbag.

ECRGO – a maior loja de quadrinhos usados da internet brasileira?

Um gibi passa no máximo um mês na banca, para então, como diz o desenhista Spacca dois posts abaixo, “ser vendido como papel velho”. Eu, que guardava minhas revistinhas com excessivo esmero – lavava as mãos antes de ler, e sentia cada amasso nas páginas como se fosse em mim -, sempre achei essa efemeridade um tanto cruel. Como criança dos anos 80, procurava os quadrinhos das décadas anteriores nos poucos pontos que se davam ao trabalho de vender, comprar e trocar gibis usados e muitas vezes embolorados.

Eis que ontem, pesquisando outro assunto no Google, descobri a ECRGO , uma loja virtual de compra e venda de gibis antigos. Na primeira página já dei de cara com reproduções de capas antigas como a acima, que me fizeram relembrar do tempo em que cuidava da minha velha coleção.

Sediada em Ribeirão Preto – SP, a ECRGO significa “Empresa Colecionadora de Revistas Gilciliano de Oliveira”. Gilciliano, 35 anos, não tem por que se queixar dos negócios. Vende bem para o Brasil e também para Portugal. Tem 300 fiéis clientes cadastrados no site.

Somando mais de 6 mil itens invendáveis em sua coleção particular (chegou a pagar R$ 800 num site de leilões pela revista Mickey número um), em 1992 Gilciliano resolveu entrar no circuito de compra e venda de gibis. “Eu via um futuro promissor no mercado de revistas, haja vista que gastava um bom dinheiro comprando revistas para minhas coleções. Via como um negócio que no futuro se sustentaria por sí só. Na época eu até tinha emprego, mas não imaginava a dimensão que isto ia tomar, os negócios cresceram bem com a implantação das vendas via internet. No ano 2000 saí de meu emprego, e hoje trabalho apenas com isto”, conta o empresário a este blog.

Gilciliano garante que tem a maior variedade de revistas em quadrinhos usadas e raras da internet brasileira: dispõe para venda cerca de 2 mil gibis antigos. Tem informações detalhadas sobre cada um: reprodução da capa, conservação e até peso (cerca de 50 a 100 gramas cada). Os preços variam de R$ 3 a R$ 150, dependendo da raridade da peça – a mais antiga data de 1950 (o faroeste Super X).

No meio de tantos relançamentos de luxo, é interessante encontrar redutos de gibis antigos como o de Gilciliano. E você, conhece algum?