Debate: Nichos de mercado para a produção cinematográfica nacional

Andréa Mota, produtora cultural a serviço da Buena Vista International no Recife, convida para o debate Nichos de mercado para a produção cinematográfica nacional, marcado para esta terça (29), às 19h, no auditório da Saraiva MegaStore. A mesa será formada pelo produtor Paulo Sérgio Almeida (perfil descrito abaixo), Alfredo Bertini (Sindicato da Produção Cinematográfica em Pernambuco), Clara Angélica (Audiovisual MinC Nordeste), Leo Falcão (cinasta), Luiz Joaquim (jornalista especializado em cinema) e Pedro Pinheiro (exibidor). A entrada é franca. A Saraiva MegaStore fica no Shopping Recife (Boa Viagem).

Texto do release:

Paulo Sérgio Almeida nasceu em Petrópolis, em 1945. Sua paixão pelo cinema começou no fim dos anos 60, quando fundou o Cineclube Chaplin e presidiu a Federação Nacional de Cineclubes. Foi assistente de direção, produtor e produtor executivo de dezenas de filmes, entre eles Xica da Silva, de Carlos Diegues (1976), Os sete gatinhos, de Neville D’Almeida (1980) e Eu te amo, de Arnaldo Jabor (1981). Estreou na direção com os curtas-metragens Dá-lhe Rigoni (1980) e Sobrenatural de Almeida (1981), este adaptado da obra de Nelson Rodrigues. Antes de Inesquecível, realizou seis longas-metragens: Beijo na boca (1982), Banana Split (1988), Sonho de verão (1990), Xuxa popstar (2000, co-dirigido com Tizuka Yamasaki), e Xuxa e os duendes 1 e 2 (2001 e 2002), esses, em parceria com Rogério Gomes. Juntos, os filmes de Paulo Sérgio Almeida foram vistos por mais de 10 milhões de espectadores. Foi também superintendente comercial da Embrafilme (1989), diretor comercial e presidente da Riofilme (1992/1993) e diretor da distribuidora Top Tape (1995). Em 1997, criou a Filme B, responsável pela coordenação de lançamentos de vários filmes – entre eles Guerra de Canudos (1997), de Sérgio Rezende, Central do Brasil (1998) e Diários de motocicleta (2004), ambos de Walter Salles, Eu tu eles (2000), de Andrucha Waddington, e Deus é brasileiro (2003), de Carlos Diegues – e pela publicação do FILMEB boletim informativo, especializado na divulgação e análise dos números do mercado de cinema no Brasil.

Novo projeto de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz em sessão única no Recife

Imperdível a sessão de “Carranca Acrílico Azul Piscina“, de Marcelo Gomes e Karim Aïnouz, nesta quarta (02), às 20h, no Cinema da Fundação.

Inicialmente batizado “Sertão de Acrílico Azul Piscina”, este é um exercício de 26 minutos, considerado por Gomes “um ensaio poético sobre o Sertão”. Com passagem em alguns festivais do Brasil e exterior, o vídeo documenta cenas do sertão nordestino contemporâneo – figuras humanas, devoção religiosa, sol escaldante. Imagens captadas em em diferentes suportes, como o super 8, slides fotográficos e filme de 16mm.

É bom chegar com alguma antecedência, porque provavelmente as 197 cadeiras da sala serão poucas. Esta é uma versão experimental do filme, em desenvolvimento desde o ano 2000. Além de conferir esta versão prévia, o público terá a chance de participar de um papo com Marcelo Gomes, que retomou o projeto com Aïnouz este ano. A entrada é franca, pois a sessão está dentro da programação do Cine-PE. Senhas serão distribuídas na bilheteria, a partir 19h30.

Se você não pode assistir no Cinema da Fundação, há uma versão editada em 2003 de “Sertão de Acrílico” disponível em DVD, na coletânea “Brasil 3×4“, produzido pelo Rumos Itaú Cultural, programa que investiu no desenvolvimento do roteiro de Gomes e Aïnouz.

Abaixo, a sinopse enviada pela Fundaj:

Em 2000, Marcelo Gomes e Karin Aïnouz iniciaram um trajeto pelo Sertão observando como a tecnologia estava afetando uma cultura essencialmente vinculada a ancestralidade. A idéia era colocar essas informações num documentário afetivo e poético sobre esse paradoxal encontro. As pesquisas e a experiência ajudaram os cineastas a desenvolver outros projetos como “Cinema, Aspirinas e Urubus” e “O Céu de Suely”, ficando o documentário “Carranca Acrílico de Azul Piscina” em segundo plano. Hoje a dupla retoma o projeto que passará por um novo tratamento ao longo de 2007 e se transformará num longa-metragem, recebendo outro nome e nova abordagem.