Angeli, de volta à Piauí

Angeli está de volta às páginas da revista Piauí. Na capa, e em quase todas as páginas. Neste mês de outubro, o periódico carioca comemora um ano de existência.

No desenho da capa, terroristas árabes parecem ter feito de refém um pinguim de geladeira vestido como Che Guevara. É uma brincadeira com a capa da edição número 2 da revista, que tinha o mesmo sugestivo objeto em cima da geladeira.

Entre as matérias, que tratam de Paulo Maluf a Evo Morales, é possível encontrar várias tirinhas de Angeli, todas da série já famosa nos jornais, “A República dos Bananas”. Para falar no assunto, escalaram ninguém menos do que Millôr Fernandes.

Millôr define Angeli não como artista maldito, mas como “revelador” de tipos que estão em todos os cantos, apesar da convenção social não permitir enxergá-los como realmente são. “O desenho do Angelí é a busca, bem-sucedida, de retratar os escrotos que estão diante de nós e nós não vemos. (…) Diz aí, Amália, é porque são nosso reflexo”?


“ANGELI NÃO ANDA EM TURMA”, DIZ A LEGENDA

Nova HQ de Art Spiegelman no Brasil

Não bastasse ter publicado HQs inéditas de Angeli, Laerte e ilustrações de Millôr em edições passadas, a revista Piauí deste mês se superou ao trazer um trabalho inédito do americano Art Spiegelman.

“Retrato do artista quando jovem” segue a linha biográfica-experimental já conhecidos no Brasil através dos famosos livros Maus e À sombra das torres ausentes. Aliás, a história tem a mesma proposta da que Angeli publicou meses atrás, sobre sua relação de amor obsessivo com um vinil dos Rolling Stones. Só que Spiegelman vasculha sua memória um tanto perturbada para contar como começou a desenhar.