Vá ao Festival de Gramado com tudo pago – aumentou o prazo do concurso

O prazo para se inscrever no concurso que levará um leitor do Diario de Pernambuco a Gramado se estendeu para a próxima quinta-feira.

Ganha quem escrever a melhor crítica sobre o filme A festa da menina morta, de Matheus Nachtergaele.

O motivo da prorrogação é que a próxima sessão do filme será somente na quarta-feira, às 20h15, no Cinema da Fundação.

Para conhecer o regulamento completo, clique aqui aqui.

Sorteio de HQs no Quadro Mágico: confira os contemplados

O Quadro Mágico tem o prazer de divulgar o resultado de sua primeira grande promoção. Os vencedores, listados abaixo, devem enviar seus dados (endereço completo e telefone) para receber os prêmios no conforto de suas casas.

Dias atrás, um grato reforço surgiu de um dos editores da Ragú, João Lin. Ele aditivou nosso sorteio com um kit formado pelas três últimas edições da coletânea, por sinal, a mais pedida pelos leitores deste blog. De forma que quatro nomes estão sendo contemplados com a revista, a saber:

RAGÚ Nº4 (Via Lettera)
Renato Teles (Recife – PE)
Rodrigo Almeida (Recife – PE)


RAGÚ Nº5 (Opera Graphica)
Rosana de Lucena (João Pessoa – PB)

RAGÚ Nº6 (independente)
Lêda Santos (Recife – PE)

FRONT Nº17 (Via Lettera)
Mayra Meira (Recife-PE)

Curiosamente, ninguém se interessou pelo PEQUENO LIVRO DE ESTILO DE SNOOPY, de Charles Schulz (Conrad). Será que o cachorrinho estiloso está tão em baixa assim? Bem, a todos, obrigado pela participação. Em breve, mais promoções..!

"Wood&Stock" em DVD: prévia do menu animado + promoção de adesivos e cartazes

O sonho não acabou, disse o português da padaria.

A Otto Desenhos se prepara para lançar Wood & Stock em DVD, em julho nas locadoras, depois no varejo. Entre os extras da versão em disquinho, estão uma entrevista com Angeli e Rita Lee, audiocomentário etílico da equipe, e o curta “Deu no Jornal”, de Yanko Del Pino.

O novíssimo menu animado do DVD foi revelado hoje em primeira mão para o Quadro Mágico. Para assistir, basta clicar aqui.

Você, leitor deste blog, pode ajudar a converter os donos das locadoras à ideologia flower power, e ainda ganhar adesivos exclusivos do longa de animação. Para tanto, é só perguntar nas videolocadoras perto de sua casa “quando chega o desenho Wood&Stock – Sexo, orégano e rock’n’roll, aquele, dos personagens do Angeli” ganha um adesivo a escolher: o barbudo Wood, o barrigudo Stock ou a ressacada Rê Bordosa. Quem fizer a pergunta em três videolocadoras, ganha os três.

Depois, é só mandar uma mensagem para o email contato@woodstock.etc.br com o nome das locadoras onde passou e o seu endereço para o envio do adesivo. E “pra quem se puxar muuuuuito”, diz a produtora do longa, Marta Machado, ganha o lindão cartaz do filme. O que significa dar o recado em pelo menos dez locadoras.

E “Power to the people”!

Parakuki – novo CD com arte de Paulinho do Amparo

Saindo do forno mais um CD com a capa assinada por Paulinho do Amparo. Parakuki é o primeiro projeto solo de Shina, ex-integrante de várias bandas pernambucanas durante os anos 90. Por enquanto, ele pode ser comprado a R$ 12 pelo email shinadabanca@hotmail.com, ou então na filial da loja Chilli Beans do Shopping Tacaruna (limite Recife/Olinda). Para os leitores deste blog, sai por R$ 10. É só se identificar na hora da compra.

Capas de discos ilustradas ou com histórias em quadrinhos são uma combinação certeira. Remontam aos álbuns de jazz desenhados por Gene Deitch nos anos 30 e 40. Do namoro do underground com o rock’n’roll, o caso mais representativo é a capa de Cheap Thrills, a banda de Janis Joplin, por Robert Crumb. No Brasil, Tubarões Voadores (1984), do meu conterrâneo Arrigo Barnabé, trouxe a alucinada arte de Luiz Gê para o universo da música. Mais recentemente, Aystelum, de Ed Mota, traz no encarte uma história de detetive, arte da talentosa Edna Lopes, esposa de Motta e autora da poética HQ Amana ao Deus Dará.

Em Pernambuco, Paulinho do Amparo vem experimentando não só a linguagem dos quadrinhos em capas de CDs, mas o próprio formato e matéria prima desse produto. Os CDs de seu selo, 3 ETs Records!, são encartados em envelopes de papelão serigrafados e dobrados. O resultado, rústico e artesanal, faz seu trabalho ser como uma marca própria, reconhecida à distância. O que fez da cantora Isaar de França (CD Azul Claro), do grupos Mundo Livre (Bêbadogroove) e Orquestra Contemporânea de Olinda, e do cineasta Cláudio Assis (Baixio das Bestas) entrarem no rol dos clientes de Paulinho.

O encarte abaixo é do CD A Misteriosa Luz Negra, dos 3 ETs. Clique para ampliar.

Pra quem quiser saber mais sobre o CD de Shina, publico abaixo o texto de apresentação que escrevi para ele Parakuki:

Shina-o-town – Parakuki

“Papai, toma parakuki”, disse o menino Ian, do alto dos três anos de idade. Ele segurava entre os dedos o pequeno, aliás, invisível, parakuki. O pai, codinome Shina-o-town, abriu a boca e fez que comeu. Sorriso nos lábios do garoto. Mal sabia que sua fantasia infantil renderia mais do que este momento em famíla: parakuki virou CD.

O projeto Parakuki é uma viagem com beats eletrônicos, funk, hip hop, ragga e afoxé. É também o primeiro vôo solo de Shina, “Shina com S, você jamais esquece”, brinca o cantor, compositor e percussionista, para se diferenciar do quase-xará, vocalista do grupo Del Rey: a pronúncia é a mesma; o conteúdo, um tanto diferente.

As bases misturam samplers e os inconfundíveis sons low-fi produzidos no estúdio 3 ETs Records!, do olindense Paulo do Amparo. Um amigo “desde a idade da pedra lascada”, Paulinho não está no projeto por acaso. Para Shina ele é uma espécie de guru. Se conheceram antes mesmo dos longínquos 1990, quando tocaram na Massa Encefálica, a banda punk hardcore que tinha na formação Hugo Carranca (ex-Bonsucesso e atual Guardaloop) e Davi Ratz-Azary na formação.

Letra e voz são matéria prima pra qualquer MC, e é onde reside a força criativa de Shina. Crescido em São José, bairro de tradicional blocos carnavalescos, ele faz questão de informar que, por volta dos dez anos, era tricampeão de frevo, e que desde cedo aterrorizava na capoeira. Passado que se reflete nas letras de Parakuki, assim como a crítica ao racismo, o registro do cotidiano dos camelôs e os recentes ataques de tubarão na praia de Del Chifre, onde costumava pegar onda na adolescência.

Parakuki é um novo “marco zero” na carreira de quem já tocou na Sô Severino (com Tânia Cristal) e Jorge Cabeleira e o Dia em que Seremos Todos Inúteis; gravou dois CDs com Girimum e seus Machiches, banda em que também compôs e cantou, de 1993 a 2004; teve passagem por dois Abril Pro Rock (1996 e 1997, na jam session em homenagem a Chico Science, com Max Cavalera, Otto, Nação Zumbi e O Rappa), dois PE No Rock (1997 e 2004) e pelo Festival de Inverno de Garanhuns (1996), quando Jorge Cabeleira abriu para Alceu Valença.

Se essa história fosse uma roda de capoeira, Shina arriscou levar rasteira, esquivou, ensaiou o rabo-de-arraia, saiu na bananeira e deu a volta ao mundo, pra começar tudo de novo.

Tome Parakuki você também!

André Dib