Zé Pereira nº2 traz HQ inédita de Allan Sieber

A revista Zé Pereira nº2 traz uma HQ inédita de Allan Sieber.

Hitler no Leblon revela que o temido líder nazista se misturou aos brasileiros, sob o apelido de “Dodô”. Entre festas de universitários e passeios na praia, ele acaba finalmente conhecendo a favela, e se emociona:

Além do trabalho de Sieber, esta edição da Zé Pereira traz matérias sobre a vida no bairro carioca de Santa Tereza, outra sobre o mercado informal de cabelos, uma crônica ilustrada de Ota sobre seu encontro com o Saci-Pererê e, no final, a página de humor “Mal Necessário”, assinada por Arnaldo Branco.

A revista está nas bancas somente do Rio de Janeiro, mas pode ser comprada pela internet mediante módicos R$ 2, através do email cartas@revistazepereira.com.br .

Quadrinhos de Fábio Moon e Gabriel Bá à venda no FIHQ 2007

STAND DOS IRMÃOS MOON E BÁ NO SAN DIEGO COMIC-CON 2007

Fábio Moon e Gabriel Bá, convidados especiais do FIHQ 2007, viajam o mundo em eventos de quadrinhos, sempre levando suas revistas para apresentar ao público. Na última San Diego Comic-Com International, onde foram indicados ao Eisner Awards 2007 de melhor graphic novel estrangeira publicada nos EUA (De:Tales), lá estavam eles expondo seu trabalho.

No Recife não será diferente. A dupla, que está na cidade desde sexta-feira, avisa que trouxe na bagagem uma boa quantidade de quadrinhos, dos mais difíceis de encontrar, ao recentemente publicado O Alienista, a adaptação do texto machadiano já resenhada por mim na Folha de Pernambuco, e aqui neste blog.

“Às vezes, acho que o mercado brasileiro de quadrinhos não cresce porque ninguém sabe o que está sendo produzido. Ninguém sabe que existe vida além de Mônica, super-heróis e mangá. Viagens são boas oportunidade de conhecer um público novo, que não nos conhece, e que está sedento por material novo”, diz Fábio Moon, ao Quadro Mágico.

Os preços variam entre R$ 5 e R$ 30, geralmente a metade do valor cobrado pelas livrarias.

Reproduzo os títulos que estarão à venda amanhã (segunda-feira), na palestra que os irmãos farão às 19h na Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia (Rua do Bom Jesus, 147, Bairro do Recife) e, logo após, na festa de lançamento dos novos títulos da coleção Olho de Bolso (Livraria de Papel Finíssimo e Ragú Zine). Mais detalhes dois posts acima.

O Alienista R$ 30
10 Pãezinhos – Meu Coração, Não Sei Por Quê R$ 20
10 Pãezinhos – Um Dia, Uma Noite – (vencedora do HQ Mix desse ano de melhor revista independente) – R$ 5 (com Grampá, Becky Cloonan e Vasilis Lolos)
Rock’Roll – R$ 5 (versão da Image)

Revistas americanas (R$ 5 cada)
Casanova 2 (arte do Gabriel Bá)
Casanova 3 (arte do Gabriel Bá)
Casanova 4 (arte do Gabriel Bá)
Casanova 5 (arte do Gabriel Bá)
Casanova 6 (arte do Gabriel Bá)
Casanova 7 (arte do Gabriel Bá)
Casanova 8 (arte do Fábio Moon)
Casanova 9 (arte do Fábio Moon)

Revistas de cultura abrem espaço para humor e quadrinhos

Mais humor e quadrinhos invadindo revistas de cultura: a Continente Multicultural de março traz um especial sobre humor gráfico no Brasil, enquanto a Revista Cult dedicou seu dossiê de março à “revolução” dos quadrinhos.

Na Continente, três matérias tratam de caricaturistas e chargistas que fizeram e fazem história nos jornais e revistas brasileiras desde os anos 30 do século 19. A principal, assinada por Carlos Haag, traça um panorama nacional e cronológico sobre o assunto, a partir de 1837, quando um desenho de Manoel de Araújo Porto-Alegre denunciava um caso de corrupção nos Correios. Pioneirismo desmentido pelo cartunista e pesquisador Laílson Cavalcanti, que em sua matéria recorre à publicação primordial O Carcundão , jornal satírico publicado no Recife entre 25 de abril e 16 de maio de 1831 para indicar uma ilustração anônima de um burro corcunda destruindo a coices uma coluna grega como a primeira caricatura publicada no Brasil. Por sua vez, Diego Dubard se debruça sobre a pouco valorizada história do cartunismo pernambucano, uma trajetória que tomou vulto com a vinda da Corte Real ao Brasil, passou por Gilberto Freire assinando com um pseudônimo, por um talentoso menino que morou na rua, conhecido como Gato Félix, até desembocar no conhecido Papa-Figo e a produção atual. Abaixo, um desenho do Gato Félix:

Surpreendente o número de páginas dado pela Cult para tratar de quadrinhos, praticamente ausentes das páginas da revista especializada em literatura nos mais de dez anos de revista. Reflexo da mudança de editora, ou da mudança no mercado de quadrinhos? O pesquisador Gonçalo Jr. faz o diagnóstico no texto “Bancas em baixa, livrarias em alta“, e conclui que a crise das revistas em quadrinhos de banca de jornal tem mais a ver com a falta de criatividade da atual produção do que com a suposta ameaça da internet e jogos eletrônicos. Afinal, nos anos 80, auge comercial dos gibis, já havia televisão… De quebra, matérias sobre a história das graphic novels, censura, musas eróticas das HQs, e uma entrevista com um Ziraldo um tanto antipático.