O Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco começa oficialmente neste domingo, às 16h, na Torre Malakoff (Recife Antigo).
No entanto, uma programação especial idealizada pelo Cineclube da Aliança Francesa em parceria com o FIHQ está marcada para hoje, às 19h, no auditório da Aliança Francesa do Recife (Rua Amaro Bezerra, 466 – Derby).
Trata-se da comemoração dos 100 anos de nascimento do artista belga Hergé (1907- 1983), comemorados no último 22 de maio.
A entrada é franca.
Batizado Georges Prosper Remi, Hergé se tornou famoso por ter criado o querido personagem Tintin.
Para fazer sua homenagem, a instituição francesa, através de sua assessora cultural Emilie Lesclaux, montou uma exposição sobre Hergé e Tintin, com painéis com trechos da vida do quadrinista e ilustrações de seus principais personagens.
Outra atração da noite será a exibição do documentário Tintin e eu (Tintin et moi, 2003), do sueco Anders Hogsbro Ostergaard, seguida de debate com Nadilson Silva, pesquisador de HQs, e autor do livro “Fantasias do Cotidiano nas Histórias em Quadrinhos“.
O filme nunca entrou em temporada no Recife, mas em 7 de junho foi projetado no Cinema da Fundação, durante a etapa recifense do festival É Tudo Verdade. Assim como em São Paulo, a sessão estava lotada.
Tintin e eu é baseado numa entrevista de quatro dias feita com Hergé pela fã Numa Sadoul, em 1971. A experiência foi transformada no livro “Tintin e Eu: conversando com Hergé“, publicado pela primeira vez em 1975.
Este arquivo de som, nunca aproveitado na íntegra, é quem guia a luz do filme, composta de trechos de animações, páginas da série em quadrinhos, e imagens de arquivo nunca vistas. Todo esse material ganha mais vida com algumas interferências gráficas bem inseridas.
Detalhista como era o trabalho de Hergé, Tintin e eu é uma belo retrato do artista. Recomendado igualmente aos fãs de sua obra, e àqueles atentos à cada vez mais interessante relação entre quadrinhos e cinema.
Cinerama 