Entrevista // Fábio Moon: "Ainda estamos buscando esse tal quadrinho nacional"


Os gêmeos Moon e Bá: autoretrato

Há 141 anos foi publicada a primeira história em quadrinhos produzida no Brasil: As aventuras de Nhô Quim ou impressões de uma viagem à corte, de Angelo Agostini.

Desde 1984, a data foi escolhida para marcar o Dia do Quadrinho Nacional, comemorada com eventos em todo o país.

Nos últimos anos, a produção de HQs brasileiras tem crescido em qualidade e quantidade. Um termômetro é o Blog dos Quadrinhos, do jornalista Paulo Ramos, que promove maratona de blogs e sites de artistas nacionais. Até o fechamento desta matéria, 130 blogs e sites de quadrinhos foram listados.

Artistas em ascensão contínua, os paulistas Fábio Moon e Gabriel Bá conquistaram reconhecimento internacional e abriram espaço no mercado para um trabalho autoral, coisa rara para brasileiros publicados nos EUA.

Hoje, além de produzir uma tira semanal Quase nada, para a Folha de São Paulo, eles produzem a minissérie Daytripper para o selo Vertigo, da DC Comics. Em entrevista ao Diario, Moon fala sobre carreira, mercado e conceitos em torno do “quadrinho nacional”.

O rótulo “quadrinho nacional” é algo necessário para formação de uma identidade? Ou precisamos acabar com as fronteiras?
O quadrinho nacional não tem cara, não tem estilo, não tem escola, então, acho que ainda estamos buscando esse tal quadrinho nacional. Ainda estamos no esquema cada artista faz a sua coisa, que pouca gente vê, relaciona ou interage. A identidade do artista é individual, e nesse sentido vem a brasilidade, porque somos todos brasileiros. Quanto mais fiel à sua origem, mais nacional você será, e mais fronteiras atravessará.

Hoje temos mais festivais e salões de HQ, editoras, espaço na imprensa (na cobertura e na seção de cartuns e tirinhas). Finalmente temos mercado para o quadrinho nacional?
Ainda não temos um mercado ideal. Temos mais oportunidades e mais espaço, mas ainda pode melhorar. A qualidade pode melhorar, a estrutura das editoras pode melhorar e, se tudo melhorar, acho que o tamanho do público também melhorará.

Qual a diferença entre trabalhar com editoras gringas e nacionais?
Dependendo da editora gringa, é a mesma coisa. Mas lá fora existem editoras de quadrinhos com uma estrutura muito maior, que pode bancar a produção dos artistas antes de esperar o resultado do público. Então você pode viver somente do seu trabalho. Outra diferença é a relação com editores que conheçam o mercado em que trabalham e ajudem os autores enquanto eles produzem o trabalho. Aqui no Brasil a maioria dos editores tem que trabalhar com a criação pronta. Quase não existe relação entre autor e editor no Brasil.

O começo não deve ter sido fácil. Qual foi a estratégia?
Nós queremos contar histórias em quadrinhos. Faremos o que for necessário. Só depende de nós, então vamos levar a sério. Essa foi a estratégia.

Vocês trabalham juntos o tempo todo ou cada um mantém seu trabalho solo?
Gostamos de trabalhar juntos o máximo possível, mas temos participado de projetos no exterior, com outros autores, e nesses projetos podemos trabalhar separados, pois quase sempre só um de nós pode desenhar tal história, enquanto o outro vai desenhar outra coisa.

Como vocês dividem o trabalho a quatro mãos?
A gente escreve as histórias junto e decide qual desenho combina mais, ou qual dos dois tem mais tempo pra desenhar.

Vocês não perderam a marca autoral para se adaptar ao mercado norte-americano. Foi difícil resistir às imposições do Tio Sam?
Você precisa saber o que quer da vida. Se você quer desenhar o Super-homem, não está se curvando a nada quando você chega lá e desenha o Super-Homem. Se você quer ser autor, escrever e desenhar suas histórias, o caminho é outro. Nenhum caminho é fácil, aliás fazer histórias em quadrinhos é difícil pacas, mas saber o que você quer te dá tranquilidade.

(Diario de Pernambuco, 30/01/2010)

HQ Cachalote, de Daniel Galera e Rafael Coutinho, na revista Piauí deste mês

A revista Piauí nº33 traz uma prévia da HQ Cachalote, escrita por Daniel Galera e desenhada por Rafael Coutinho.

O material é um capítulo do livro a ser lançado em novembro pela Quadrinhos na Cia, selo da Companhia das Letras dedicado ao gênero, e que em maio publicou obras de Gene Yang, Will Eisner, Daniel Craig e Spacca.

O primeiro terço da história será rodado mês que vem, em baixa tiragem. O destino será a convenção de quadrinhos San Diego ComicCon. De acordo com o blog de Coutinho, o intuito é “abrir caminhos em território yankee”.

Mês que vem, Coutinho será uma das atrações da mesa de quadrinhos organizada pelo Festa de Literatura de Paraty, ao lado de Rafael Grampá, Fábio Moon e Gabriel Bá.

Uma nova e prodigiosa geração de quadrinistas brasileiros.

Fantasma da crise ronda quadrinho nacional


HQ // Com o mercado em ebulição, profissionais dizem que ano será de retração, mas algumas editoras preparam surpresas
André Dib // Especial para o Diario
andrehdib@gmail.com

Há 140 anos nascia a primeira história em quadrinhos produzida no Brasil: As Aventuras de Nhô Quim ou Impressões de uma Viagem à Corte, série criada pelo italiano (depois naturalizado brasileiro) Angelo Agostini, e publicada no periódico Vida Fluminense.

Hoje, o caminho inverso foi percorrido: o artista brasileiro Rafael Grampá publicou sua primeira HQ no exterior, para depois conquistar a terrinha com Mesmo delivery (Desiderata), um dos melhores lançamentos dos últimos tempos. O trabalho de estréia rendeu prêmios, elogios e o convite para desenhar o personagem Constantine, criado por Alan Moore com roteiro do celebrado Brian Azarello.

O caso de Grampá contrasta com o espaço reservado à maioria dos autores nacionais, quase sempre espremidos entre editais públicos e a instabilidade de um mercado que investe em novos e promissores artistas, mas que pode estar entrando em recessão. A suspeita é baseada em indícios como o fechamento da Opera Graphica, que há pelo menos 15 anos publicou diversos autores brasileiros. Outros episódios preocupantes: a Conrad, uma das maiores editoras do ramo, teve parte das ações vendidas para poder seguir em frente; Cassius Medauar, responsável pelos quadrinhos da Pixel, pediu as contas (“Acabei não me encaixando mais nos planos da empresa”, escreveu no seu blog); e o editor S. Lobo saiu do cargo que ocupava na Desiderata para criar a própria editora, a Barba Azul.

Para Gabriela Javier, atual editora da Desiderata, o ano será de muita cautela. “As empresas devem preferir projetos de retorno garantido, e o retorno financeiro dos quadrinhos ainda não é o mesmo que o de livros de prosa convencional. Espero que os prêmios – tanto os internacionais quanto o Jabuti conquistado pelo Fábio Moon e o Gabriel Bá pela versão em quadrinhos do Alienista – e a adoção pelas escolas públicas dessas publicações ajudem a rebater os efeitos dessa possível retração”.

Indo pelo caminho inverso, a Companhia das Letras acaba de lançar o Quadrinhos e Cia, selo exclusivo para o gênero. Os planos são os melhores possíveis: ao lado das HQs Jimmy Corrigan, de Chris Ware, e American Born Chinese, de Gene Yang, serão lançados Jubiabá, adaptação de Spacca para o romance de Jorge Amado, e Cachalote, graphic novel de Daniel Galera e o Rafael Coutinho. “Acho que é um mercado novo, e há vários modelos a serem explorados. Estamos otimistas porque conseguimos uma série de títulos ótimos, porque as edições estão ficando muito bonitas. E porque acreditamos que há um público enorme que não lê quadrinhos, mas que, por inúmeros fatores, está muito mais aberto para começar”, afirma o editor André Conti.

A postura otimista é compartilhada por Carlos Mann, ex-editor da Opera Graphica. Apesar da empresa ter fechado as portas definitivamente, ele acredita que a crise mundial afetará o mundo dos quadrinhos não a ponto de haver uma derrocada, mas sim, um resfriamento. “Esta visão fatalista a respeitode 2009 é, a meu ver, equivocada, pois coloca o foco em apenas um dos quadros do mercado brasileiro. Se, por outro lado, olharmos um panorama mais amplo de uma ou duas décadas, teremos uma análise menos pessimista e mais real. Nunca houve tantas editoras de médio e grande portes lançando quadrinhos, muito menos tamanha diversidade de gêneros, estilos e formatos”, diz Mann. Apesar da transição acionária, a Conrad também guarda boas notícias: “temos muito material bom para lançar, e certamente o faremos ao longo de 2009”, garante o coordenador editorial Alexandre Boide.

9º FIHQ – imagens da abertura (domingo, 16/09)


GRANDE PAINEL COM PERSONAGENS CLÁSSICOS RECEBEM OS VISITANTES DO 9º FIHQ

Fiquei sem acesso à internet nos últimos sete dias.

Por isso, publico somente hoje algumas fotos do evento de abertura do Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco. A nona edição do evento segue até dia 06 de outubro, na Torre Malakoff (exposições) e Oi KAbum! Escola de Arte e Tecnologia (palestras e oficinas).

A festa aconteceu no dia 16 de setembro, das 16h às 20h. Na ocasião foram abertas as exposições e revelados os trabalhos premiados pelo salão.


JOÃO LIN, MASCARO, HKE (LIVRINHO DE PAPEL FINÍSSIMO EDITORA), SAMUCA E JOTA A, REVELAM MAIS UM PREMIADO NA MOSTRA COMPETITIVA

Do começo ao fim, o evento foi animado por palhaços e malabaristas numa performance circence realizada pela ONG Arricirco. Algodão doce, pipoca e churros de graça fizeram a alegria não só da criançada.


JOÃO LIN FALA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DE PÚBLICO E DA PROFISSIONALIZAÇÃO DOS ARTISTAS

Na abertura estiveram os membros da comissão julgadora, formada pelos artistas gráficos Baptistão (SP), Jota A (MA), Márcio Leite (MG), RAL (PE), os irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá (SP), Alejandro Archondo (Bolívia) e Avril Filomeno (peruana radicada na Bolívia), ambos do coletivo de quadrinhos sediado em La Paz, Viñetas com Altura, mais os curadores João Lin, Mascaro e Samuca, da Associação dos Cartunistas Pernambucanos – Acape.


TURMA DA PESADA FAZ A FRENTE DO FIHQ


RAL, O HOMENAGEADO, POSA AO LADO DO BONECO DO BOI MISTERIOSO CONFECCIONADO ESPECIALMENTE PARA SUA EXPOSIÇÃO


VALE A PENA CONHECER A EXPOSIÇÃO DOS IRMÃOS MOON E BÁ


ESPAÇO EXCLUSIVO PARA O TRABALHO DO CARICATURISTA BAPTISTÃO (SP)

Quadrinhos de Fábio Moon e Gabriel Bá à venda no FIHQ 2007

STAND DOS IRMÃOS MOON E BÁ NO SAN DIEGO COMIC-CON 2007

Fábio Moon e Gabriel Bá, convidados especiais do FIHQ 2007, viajam o mundo em eventos de quadrinhos, sempre levando suas revistas para apresentar ao público. Na última San Diego Comic-Com International, onde foram indicados ao Eisner Awards 2007 de melhor graphic novel estrangeira publicada nos EUA (De:Tales), lá estavam eles expondo seu trabalho.

No Recife não será diferente. A dupla, que está na cidade desde sexta-feira, avisa que trouxe na bagagem uma boa quantidade de quadrinhos, dos mais difíceis de encontrar, ao recentemente publicado O Alienista, a adaptação do texto machadiano já resenhada por mim na Folha de Pernambuco, e aqui neste blog.

“Às vezes, acho que o mercado brasileiro de quadrinhos não cresce porque ninguém sabe o que está sendo produzido. Ninguém sabe que existe vida além de Mônica, super-heróis e mangá. Viagens são boas oportunidade de conhecer um público novo, que não nos conhece, e que está sedento por material novo”, diz Fábio Moon, ao Quadro Mágico.

Os preços variam entre R$ 5 e R$ 30, geralmente a metade do valor cobrado pelas livrarias.

Reproduzo os títulos que estarão à venda amanhã (segunda-feira), na palestra que os irmãos farão às 19h na Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia (Rua do Bom Jesus, 147, Bairro do Recife) e, logo após, na festa de lançamento dos novos títulos da coleção Olho de Bolso (Livraria de Papel Finíssimo e Ragú Zine). Mais detalhes dois posts acima.

O Alienista R$ 30
10 Pãezinhos – Meu Coração, Não Sei Por Quê R$ 20
10 Pãezinhos – Um Dia, Uma Noite – (vencedora do HQ Mix desse ano de melhor revista independente) – R$ 5 (com Grampá, Becky Cloonan e Vasilis Lolos)
Rock’Roll – R$ 5 (versão da Image)

Revistas americanas (R$ 5 cada)
Casanova 2 (arte do Gabriel Bá)
Casanova 3 (arte do Gabriel Bá)
Casanova 4 (arte do Gabriel Bá)
Casanova 5 (arte do Gabriel Bá)
Casanova 6 (arte do Gabriel Bá)
Casanova 7 (arte do Gabriel Bá)
Casanova 8 (arte do Fábio Moon)
Casanova 9 (arte do Fábio Moon)

Inscrições abertas para oficinas do FIHQ 2007

Abertura da HQ “Flora“, do artista paraibano Shiko – um dos oficineiros escalados pelo 9º FIHQ

Estão abertas as inscrições para as quatro oficinas que serão oferecidas pelo 9º Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco.

Este viés educativo do FIHQ é uma de suas prioridades. Investindo na formação, os artistas pernambucanos tem a oportunidade de se capacitar e se preparar melhor para o mercado.

São 20 vagas para cada oficina. A inscrição é gratuita. Para participar, basta enviar currículo e carta de intenção para o e-mail oficina@acape.org.br. Em caso de dúvida, é só ligar para (81) 3242.2330.

As inscrições se encerram na próxima sexta-feira (14/09). As oficinas se realizarão entre 19 de setembro e 03 de outubro, nas dependências da Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia (Rua do Bom Jesus, nº 147, Bairro do Recife).

Para o papel de oficineiros, foram escalados artistas como Nelson Cruz (MG), Shiko (PB), Fábio Moon e Gabriel Bá (SP), todos convidados especiais do FIHQ, além da editora pernambucana Livrinho de Papel Finíssimo.

A assessoria de imprensa do FIHQ, a Exclusiva Comunicação, esclarece que “não é necessário ser profissional, mas algumas das oficinas requerem pré-requisitos”.

É o caso de “Contador de histórias, não de piadas“, oficina ministrada pelos irmãos gêmeos Moon e Bá, e marcada para os dias 18 e 19 de setembro, das 14h às 18h.

Para se inscrever nela, é necessário ter conhecimento básico de quadrinhos.

A proposta é aprender as maneiras aliar desenho e texto para contar histórias de maneira eficiente, e incentivar o artista a encontrar o caminho dentro do seu trabalho. Por isso, trabalhos anteriores podem ser apresentados para análise dos gêmeos.

A oficina de “Fanzine“, a cargo dos integrantes da Livrinho de Papel Finíssimo Editora está marcada para os dias 24, 25, 26 e 27 de setembro, entre 14h e 18h, e não necessitam de pré-requisito.

Nas mesmas datas e horários, o paraibano Shiko irá ministrar a oficina “Experimentação no Quadrinhos“. Shiko é artista plástico e ilustrador e se dedica há mais de dez anos a telas e quadrinhos. Recentemente lançou, em parceria com o escritor Biu, o livro em quadrinhos Blue Note, uma das melhores publicações do ano.

Encerrando a programação, nos dias 01, 02 e 03 de outubro no turno da tarde, o pintor, ilustrador e caricaturista mineiro Nelson Cruz ministra a oficina “A Ilustração, O Livro e a propriedade artística e intelectual”.

Saiba quem são os convidados do FIHQ 2007

Os jornais do Recife hoje celebram a 9a. edição do “Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco“, o FIHQ-PE, com as seguintes chamadas: “América do Sul é destaque na 9ª edição do FIHQ“, assinada por Júlio Cavani no Diario de Pernambuco; e “FIHQ volta à agenda cultural firme e forte“, escrita por Carol Almeida no Jornal do Commercio.

O motivo é que, junto com o edital que abre as inscrições para o salão do evento, os organizadores do evento revelaram quais serão os convidados a formar a comissão julgadora. Este ano, o FIHQ se realizará entre 16 de setembro e 7 de outubro, no Observatório Malakoff (Praça do Arsenal – Recife Antigo).

Diferente dos dois últimos anos, em que ficaram guardados a sete chaves até a semana que precede a abertura do festival, a lista dos convidados foi divulgada com 45 dias de antecedência, em coletiva de imprensa, na manhã de ontem, no Teatro Arraial (Boa Vista).

São eles: o caricaturista paulista Baptistão, o ilustrador mineiro Nelson Cruz, o chargista maranhense Jota A, o cartunista mineiro Márcio Leite, os irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá, o artista plástico paraibano Shiko, e o caricaturista e artista plástico boliviano Alejandro Archondo (ou somente ARXONDO, do coletivo de quadrinhos sediado em La Paz, Viñetas com Altura).

O grande homenageado é lendário cartunista Romildo Araújo Lima, o RAL, que ganha uma exposição retrospectiva de sua carreira, que começou nos anos 60, marcando as gerações seguintes de artistas pernambucanos (quando trabalhou na imprensa recifense) e brasileiros (desde os anos 70, quando passou a colaborar com o Pasquim). É de RAL a arte do Boi Misterioso, que será a marca e o troféu do evento deste ano(desenho acima).

Esta comissão julgadora premiará com R$ 6 mil (R$ 2 mil a mais do que no ano passado), o primeiro colocado em cada uma das cinco categorias.

Todos os artistas convidados terão exposições individuais montadas na Torre Malakoff, e provavelmente em outros locais da cidade. Além da exposição dos bolivianos Viñetas con Altura, haverá uma mostra com trabalhos de artistas do Peru, Bolívia, Uruguai, Chile e México.

Em maio deste ano, o Quadro Mágico publicou uma matéria sobre as novidades reservadas para o evento, que vão além da mudança do calendário – as oito primeiras edições do FIHQ foram realizadas sempre entre abril e maio. Para ler, clique aqui.

O FIHQ 2007 é uma realização da Associação dos Cartunistas Pernambucanos – Acape, em parceria com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – Fundarpe (Governo do Estado), e apoio da Prefeitura do Recife e Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia.

E quem precisa de um Eisner Awards?

American Born Chinese, de Gene Luen Yang foi premiado San Diego (Califórnia) como o melhor álbum gráfico inédito

Saiu ontem o resultado do Eisner Awards 2007. A cerimônia se deu durante o grandioso San Diego Comic-Con International, mega-evento que encerra as atividades amanhã, pela primeira vez com os ingressos esgotados (ano passado, o público foi de 123 mil pessoas).

Entre os premiados estão Paul Pope (Batman: Year 100), Gene Luen Yang (American Born Chinese), Alison Bechdel (Fun Home), Grant Morrison (All Star Superman) e, claro, Neil Gaiman (Sandman). A lsita compelta está aqui.

Os brasileiros tem um motivo para decepção: os irmãos gêmeos Fábio Moon e Gabriel Bá não levaram o prêmio de melhor obra estrangeira publicada nos EUA. Eles concorreram pela graphic novel De:TALES, editada nos states pela Dark Horse Comics.

Não foi desta vez. De qualquer maneira, a indicação soma mais um reconhecimento à qualidade do trabalho da dupla, fartamente premiados no último HQ Mix em São Paulo por, entre outros títulos, a adaptação em quadrinhos para “O Alienista“, de Machado de Assis.

Sem falar que a Dark Horse chamou Fábio Moon para mais um projeto: Sugar Shock, minissérie publicada também na internet (de graça) pelo selo Dark Horse Presents. Para conhecer, clique aqui. Confira o material, e me responda: quem disse que pra entrar no mercado americano precisa ter um traço colonizado pela estética Marvel/DC?