Garanhuns Jazz & Blues Festival – Noite 3 e balanço

Entre conquistas e percalços, o Garanhuns Jazz & Blues Festival cresceu e se impôs enquanto principal alternativa ao carnaval pernambucano. Em todas as noites, a satisfação em assistir aos shows estava estampada no rosto dos milhares de moradores e turistas reunidos na Esplanada Guadalajara. A maior parte dos visitantes partiu do Recife e Caruaru, mas o evento também atraiu grupos de Salvador, Maceió, Natal e Fortaleza.

Para o casal cearense Mário e Givaneide, o evento foi melhor e mais organizado que o Festival de Guaramiranga, no Ceará. “Lá é difícil conseguir ingresso e aqui os shows são de graça. Esse festival merece mais divulgação”, acredita Mário. “É um festival fantástico, uma ousadia por fazer no período do carnaval, que dá pouco espaço para esse tipo de música”, disse o professor Paulo Chaves, do Recife.

Para a população local, o festival cumpriu a função de apresentar atrações incomuns até mesmo para o tradicional Festival de Inverno, como o bluseiro Magic Slim,de Chicago, e Andreas Kisser, guitarrista do Sepultura. “É como dar uma bicicleta para um menino de dois anos de idade. Ele pode não saber o que fazer com ela naquele momento, mas um dia vai usar”, disse o blogueiro Ronaldo César, que promoveu o paralelo Carnajazz com participação e canjas de convidados do festival, madrugada adentro. Outro destino certo do GJF foi a Bodega do Massilon, que também fez programação musical e etílica. Presença constante, o novaiorquino Karl Dixon foi adotado pelo festival (participou de vários shows) e virou celebridade instantânea em Garanhuns, com direito a flashes, autógrafos e frisson coletivo, causado por sua figura, dança e voz incomuns.


MAGIC SLIM FOI A ATRAÇÃO MAIS ESPERADA

Das três noites, a última foi de longe a maior, melhor e mais animada. Foram seis horas de música e atividades prolongadas pela alegre e divertida Big Time Orchestra, grupo parananense de onze bons músicos, figurino psicodélico, repertório dançante e uma coreografia exagerada para reverenciar os “loucos anos 50”. A festa dos músicos se estendeu inclusive para o meio do povo, onde tocaram When the saints go marchin’ in, o hino da dixieland. O ponto alto foi quando o guitarrista Ronnie Panzone assumiu a liderança e com uma música só repassou a história do rock em túnel do tempo, que partiu de Michael Jackson (Beat it) para AC/DC (Back in black), retorna a Chuck Berry (Johnny B. Goode), avança para Kiss (Rock’n’roll all nite) e termina com Ramones (I wanna be sedated). O público foi ao delírio e teve até quem arriscasse um salto do tipo mosh.


AULA DE ROCK CONTAGIOU PLATÉIA

Das atrações que fizeram jus e deram sentido ao nome “blues e jazz” ostentado pelo festival, as mais potentes foram Azymuth, Magic Slim e o quearteto de Esteban Sumar. O jazz 100% norte-americano esteve representado por este último, liderado por um guitarrista chileno partidário do jazz contemporâneo de Nova York, onde estudou no Berkeley College. Disposto a aprender, Sumar esteve atento e filmou todos os shows do festival, para onde deve retornar ano que vem, a convite da produção e também do músico pernambucano Wallace Seixas. No palco, o quarteto fez música de nuances e improvisos pontuado por uma simpática brincadeira: um samba dançado no sapatinho pelo saxofonista Paulo Monteiro, que serviu de mestre de cerimônias do grupo por ser o único que já havia tocado no Brasil, onde tocou no Recife Jazz Festival.

Já o blues esteve muito bem representado por Magic Slim, que foi direto ao assunto com um show simples e poderoso, um blues tradicional que se tocado por outros soaria estereotipado. Não é o caso de Slim; sua história de vida o autoriza a viajar pelo mundo como um embaixador do blues. Somente no ano passado, fez 186 apresentações. De Garanhuns, ele segue para shows na França e Alemanha.


ANDREAS KISSER (COM GUITARRA DE BOLAS BRANCAS ESTILO BUDDY GUY) E TICO TOCAM RAUL

O momento “pop” se deu com a homenagem que Tico Santa Cruz e Andreas Kisser fizeram a Cazuza e Raul Seixas. A presença do guitarrista atraiu vários fãs com camisas do Sepultura, Iron Maiden e Black Sabath, os quais provocou com frases do repertório metaleiro. No camarim, uma fila se formou para conhecer o ídolo, que atendeu a todos com a infinita paciência de Jó. Pena que sua participação no festival foi curta demais para satisfazer a sede da platéia.

Bastidores – Em seu terceiro ano, o Festival de Jazz & Blues de Garanhuns enfrentou um ponto de inflexão decisivo para sua continuidade. Com a saída do principal patrocinador, a Secretaria de Turismo de Pernambuco, o evento poderia recrudescer ou até mesmo se extinguir. No entanto, a Prefeitura de Garanhuns e o produtor Giovanni Papaleo conseguiram fazer um festival ainda maior. “Funciono melhor sob pressão”, disse Papaleo.

Com a clara intenção de desvincular a imagem do GJF do escândalo que afastou o secretário estadual de Turismo, Papaleo chegou a interromper o show da Uptown Band, Tico Santa Cruz e Andreas Kisser, para dizer que o evento nunca foi pivô de desvio de verba e este ano foi realizado sem recursos do estado. “Pra mim foi questão de honra”.

As declarações de Papaleo, amplificadas pela voz de Tico Santa Cruz, incomodaram o deputado estadual Isaías Régis, que abordou de forma agressiva à secretária municipal de Turismo, Gabriela Valença. Segundo ele, o governo teria R$ 90 mil para o evento, mas a prefeitura não apresentou os documentos necessários.

Em nota oficial, a prefeitura reconhece falha na organização pela não citação da presença do deputado, bem como de outras autoridades presentes e que nem sequer foi cogitada a destinação de recursos financeiros por parte do governo estadual. De acordo com a produção, o evento foi realizado com cerca de R$ 100 mil, 60% dos cofres municipais e o restante de empresas como a Chesf, Caixa, Ambev e R$ 25 mil do bolso do próprio Papaleo. O evento também conta com a aprovação da Lei Rouanet. “Espero que em 2011 o governo dê ao festival o mesmo tratamento que dá para Garanhuns durante o resto do ano”, disse o produtor.

(Diario de Pernambuco, 18/02/2010)

Garanhuns respira jazz no carnaval


A cidade de Garanhuns reserva para o período do carnaval uma programação diferente das festas momescas. Trata-se do Garanhuns Jazz Festival, que em sua segunda edição homenageia o conterrâneo Toinho Alves, e oferece uma grade maior e melhor que a de 2008. Desta vez, são 21 atrações de quatro países, em shows gratuitos nos palcos montados na Praça Guadalajara e no Parque Ruben Van der Linden.

Viabilizado por recursos da prefeitura municipal, governo do estado e Ministério do Turismo, o festival foi lançado esta semana, com a presença do prefeito de Garanhus, Luiz Carlos Oliveira, do curador Giovani Papaleo e de três secretários municipais. Desde que nasceu, o Garanhuns Jazz tem sido tratado como a menina dos olhos da prefeitura. “O evento já nasceu consolidado. Investir no carnaval era algo sem retorno, pois a cidade ficava praticamente vazia. Foi quando os Papaléo chegaram com o projeto, que nos interessou de imediato”, conta Oliveira.

De acordo com asecretária de turismo, Gabriela Valença, mais de 10 mil pessoas compareceram ao evento ano passado, o que movimentou a economia em R$ 1,6 milhão. A expectativa para este ano é de que o público dobre. “O jazz favorece um novo público e gera o envolvimento da população”, diz Valença, que cita o intercâmbio cultural como o maior presente trazido pelo evento.

“Ano passado, a banda musical de Garanhuns criou a Orquestra de Frevo e Jazz de Garanhuns. Este é um legado palpável da primeira edição, maior até do que o do Festival de Inverno”, acredita Valença. A mais nova banda estimulada pelo Garanhuns Jazz se chama Street Jazz Band, que se apresentará com o saxofonista carioca Marcelo Martins. Ainda no espírito de intercâmbio cultural, o mestre flautista Carlos Malta abre o festival em apresentação com a Banda de Pífanos Folclore Verde, formada por remanescentes quilombolas da comunidade local do Castainho. Por sua vez, o guitarrista paulista Lancaster toca com o grupo The Bluz, de Caruaru.

A inspiração para o GJF veio do Festival de Jazz de Guaramiranga, no Ceará, que este ano convidou o gaitista belga Toots Thielemans e terá homenagem a Dominguinhos.

Do território do blues, temos os guitarristas James Wheeler (de Chicago) e o angolano radicado em São Paulo Nuno Mindelis, o grupo Igor Prado Band, Blue Jeans e o gaitista Robson Fernandes, que toca com a anfitriã Uptown Up. O jazz está representado por Kate Bentley & Clay Ross Band (USA), Dixie Square Jazz, Nuages Jazz (Equador) e Izzy Gordon, que fará show em homenagem à tia, a diva Dolores Duran.

Saiba mais

Palco Pau Pombo
(Praça Ruber Van der Linden)

21.02 (sábado)

15h – Nosso Jazz
16h – Choro, Baião e Cia

22.02 (domingo)

15h – Orlito
16h – Kleber Blues Band

23.02 (segunda)

15h – Banda local a definir
16h – Banda local a definir

Palco Ronildo Maia Leite
(Praça Guardalajara)

21.02 (sábado)

20h – Carlos Malta (RJ) & Pífano Folclore Verde
21h – Igor Prado Band (SP)
22h30 – Nuno Mindelis (Angola / SP)

22.02 (domingo)

* Dixie Square Jazz Band (SP) – show de rua à tarde e à noite
20h – Nuages Jazz (Equador)
21h – Igor Prado Band (SP)
22h – Lancaster & The Bluz (PE)
23h – James Wheeler (EUA)

23.02 (segunda)

20h – Marcelo Martins (RJ) & Street Band (PE)
21h – Robson Fernandes (SP) &Uptown Band (PE)
22h – Blue Jeans (SP)
23h – Izzy Gordon (SP)

publicado no Diario de Pernambuco

Programação Cine Eldorado 1 e 2 (Garanhuns) – semana de 10/8 a 16/8/7

Sala 1 – Ratatouille(2a. semana) (Dublado)
16:30 – 18:40 – 20:40
Class. Ind. livre

SALA 2 – TRANSFORMERS (4a. semana)
15:00 – 18:20 – 21:00
Class.Ind. 10 Anos

Promoções: Terça e Quarta Maluca: R$ 5,00(meia entrada para Todos) Exceto feriado.
Seg, qui,sex, sáb e dom E FERIADOS R$ 10,00 e R$ 5,00 (Meia entrada).
Mais informações:
http://www.cineeldorado.com.br e http://www.moviemax.com.br

Cines Eldorado e Royal: programação da semana

A partir desta semana, o Quadro Mágico passa a divulgar a programação das salas mantidas pelo PMC Cinemas do Brasil. Pra quem não sabe, as três salas (duas em Garanhuns e uma em São Lourenço da Mata) mantidas pelo grupo presidido pelo empresário Paulo Menelau são um oásis no interior de Pernambuco, tão carente de espaços para o cinema. Situação bem diferente de algumas décadas atrás, quando quase toda cidade tinha pelo menos uma sala de exibição. Hoje todas elas viraram igreja ou supermercado…

Parabéns, Menelau, que sua cruzada pelo cinema continue conquistando cada vez mais corações e mentes! Pra quem quiser saber mais sobre seu trabalho, é só acessar o site do Cine Eldorado ou do grupo Moviemax.

Programação Cine Royal São Lourenço da Mata – Região Metropolitana do Recife – para semana de 27/7 a 02/8.

HARRY POTTER E A ORDEM DA FÊNIX
Sessão as 16:30 – 20:00 (dUBLADO)

Promoções: Terça e Quarta Maluca: R$ 2,50 (meia entrada para Todos). Seg, qui,sex, sáb e dom R$ 4,00 (Meia entrada para todos)

Programação Cine Eldorado 1 e 2 semana de 27/7 a 02/8/7.AV. Rui Barbosa, 1071, Polo, Garanhuns-PE- telefone: 3761.7510

Sala 1 – HARRY POTTER E A ORDEM DA FÊNIX.(3a. semana)
15:30 – 18:20 – 21:00 DUBLADO
Class. Ind. livre

SALA 2 – TRANSFORMERS (2a. semana)
16:00 – 18:40 – 21:00
Class.Ind. 10 Anos

Promoções: Terça e Quarta Maluca: R$ 5,00(meia entrada para Todos) Exceto feriado.
Seg, qui,sex, sáb e dom E FERIADOS R$ 10,00 e R$ 5,00 (Meia entrada).