Maurício de Souza, 50 anos de carreira

Hoje fazem 50 anos que Maurício de Souza publicou sua primeira tira.

Foi no jornal Folha da Manhã, atual Folha de São Paulo, em 18 de julho de 1959.

Ele trabalhava na redação, como repórter policial.

Até que assumiu sua verdadeira ambição: se tornar desenhista.


Clique na imagem para ler a tirinha

De lá para cá, são mais de 200 personagens e 1 bilhão (!) de revistas vendidas em 125 países.

A Mônica, inspirada na própria filha, surgiu em 1962.

Para comemorar a data foi organizada uma grande exposição em São Paulo, no Museu Brasileiro das Esculturas – MuBe (Av. Europa, 218 – Jardim Europa).

Hoje será a abertura, somente para convidados. A partir de amanhã, ela fica aberta ao público, até 18 de agosto.

Na TV, haverá a exibição de um documentário sobre a trajetória de Mauricio no Biography Channel. Será hoje, às 22h, para toda a América Latina.

Além disso, dois livros especiais serão lançados em setembro: MSP 50, em que 50 artistas nacionais reinventam os personagens da Turma da Mônica, entre eles, Angeli, Ziraldo, Laerte, Gonzales, Spacca, Guazzelli, Fábio Moon e Gabriel Bá; e Bidú 50 anos,

Mês passado, escrevi uma matéria sobre o projeto MSP 50. Para ler, clique aqui.

Na terça-feira, o Diario de Pernambuco publica entrevista que fiz com Maurício. Nela, o desenhista / empresário conta sua história, da infância até os anos 1970, quando teve que lidar com a censura do regime militar – sim, até ele precisou se adaptar aos anos de chumbo.

Até lá.

50 artistas reinventam a Turma da Mônica


Penadinho, Frank e a Cranicola, no traço de Samuel Casal

A livre adaptação da Turma da Mônica por diferentes desenhistas do primeiro time nacional é a mais interessante das homenagens que marcam os 50 anos de carreira de Mauricio de Souza. Com lançamento marcado para setembro, MSP 50 traz um grupo e tanto de artistas, entre eles, Angeli, Ziraldo, Laerte, Spacca, Samuel Casal, Marcelo Lélis, Fernando Gonsales, Fábio Moon e Gabriel Bá, Eloar Guazzelli, Fábio Lyra, Fido Nesti e Jô Oliveira. Dois pernambucanos foram convidados para integrar o projeto: Christiano Mascaro e João Lin, editores da coletânea de quadrinhos Ragú.

“É quase um dream team”, diz o coordenador do projeto, Sidney Gusman. “Além de contar com as grandes “feras”, minha preocupação foi apresentar bons quadrinistas que o grande público ainda não conhece”. Gusman conta que, para dar forma ao projeto, buscou inspiração no livro Asterix e seus amigos, que no ano passado homenageou os 80 anos do desenhista Albert Uderzo. Outra referência foi a revista Mônica 30 anos, lançado em 1993, em que Will Einser, Guido Crepax, Hugo Pratt e Milo Manara desenharam a personagem. “Fiquei bem entusiasmado a ideia. Fiz uma lista gigante e fechei com 50 artistas “.

Cada desenhista convocado teve liberdade de eleger e desenhar seu personagem preferido. Gonsales, criador do rato Níquel Náusea, apresentará sua versão para o cachorro Bidu; Spacca escolheu o dinossauro Horácio; Samuel Casal, o fantasma Penadinho; Lélis escolheu Chico Bento; Laerte fará Bidu e Franjinha; e João Lin desenhará o índio Papa Capim. Angeli, Ziraldo, Moon e Bá ainda não divulgaram quais foram suas escolhas. Guazzelli não está 100% decidido, mas deve fazer Sansão, o coelho azul.


O Astronauta de Mascaro

Sem querer, Mascaro escolheu um dos personagens mais requisitados: o Astronauta. A história está em fase de finalização. “Na hora eu pensei que estava sendo bem original”, brinca Mascaro, que adianta com exclusividade aos leitores do Diario um dos estudos que guiarão sua releitura do explorador espacial. “Sempre gostei bastante do Astronauta. Estou fazendo algo que remete às histórias em quadrinhos de ficção científica europeia, como as criadas por Moebius”.

Mascaro acredita que o MSP 50 pode contribuir para evidenciar o mérito artístico do trabalho de Maurício, por vezes criticado por sua vocação comercial. “O sucesso dele é algo que impressiona num país que sequer conta com uma indústria de quadrinhos. Ele construiu um império que se reinventa, e tirar o valor artístico da sua obra é algo que beira o cinismo”.

(Diario de Pernambuco, 26/06/2009)

Conrad lança em setembro "Laertevisão – Coisas Que Não Esqueci"

Em setembro tem mais Laerte na área. Diferente da antologia noticiada no post abaixo, “Laertevisão – Coisas Que Não Esqueci“, trata-se de material inédito de Laerte Coutinho, baseado nas memórias de infância do cartunista nascido em São Paulo, no ano de 1951.

No começo, era uma TV preto-e-branco valvulada e meia dúzia de programas: Rin Tin Tin, Aventura Submarina, Lassie – e a Copa do Mundo de 1966. Tempo de guerra de mamona e bola de gude. Uma infância evocada com fotografias, desenhos e recortes de revistas, dispostos lado a lado com tirinhas novas, se bem que no clima de “túnel do tempo”.

Laertevisão – Coisas Que Não Esqueci” será lançado em 5 de setembro, e está em pré-venda no site da Conrad por R$ 46 (frete grátis).

"Piratas do Tietê" em edição definitiva

FEIOS, SUJOS E MALVADOS: OS PIRATAS VOLTAM EM GRANDE ESTILO

Os Piratas do Tietê estão de volta, em antologia de luxo produzida pela joint venture das editoras Devir Livraria e Jacarandá. A trupe alucinada respondem pelos personagens mais populares do paulista Laerte Coutinho, um dos melhores desenhistas e roteiristas de humor do Brasil. Se é que existe receita em seu trabalho, ela está em juntar elementos (personagens ou situações) absurdos num pano de fundo que retrata a realidade cotidiana de São Paulo, o que resulta em pérolas do nonsense gráfico.

Piratas do Tietê – a saga completa” (R$ 52), chega às lojas em três volumes capa dura. A edição e projeto gráfico é de Toninho Mendes, também responsável pela reedição da Antologia Chiclete Com Banana.

O lançamento em São Paulo está marcado para 31 de agosto, sexta-feira, às 18h30, na Livraria Cultura (Conjunto Nacional – Av Paulista, 2073). Desde o começo da semana, a Devir mantém em seu site um preview da obra.

O primeiro volume consiste de sete histórias publicadas originalmente nas revistas Chiclete Com Banana, Circo e Piratas do Tietê, que tiveram um título próprio no início dos anos 90 (14 edições, e mais de 150 mil exemplares vendidos). Duas bônus-track acrescentam brilho ao livro: o storyboard para o desenho animado dos Piratas, e um perfil de Laerte, escrito por Marcelo Alencar.

Os próximos volumes trazem como extra o texto integral da peça “Piratas do Tietê, o filme” e um pôster colorido dos personagens.

PIRATAS DO TIETÊ: A SAGA COMPLETA – VOLUME 1
Formato: 21,0cm × 28,0cm
Estrutura: 112 páginas coloridas + PB em papel off-set 120g
História e Arte: Laerte
Preço: R$ 52