Cineclube da Galeria Artes e Cores: programação de maio

Vê aí embaixo a turma que freqüenta a Galeria Artes e Cores. A exibição de filmes está engrenando por lá. Tanto que, pela primeira vez, está definida a programação do mês inteiro. As sessões são gratuitas, e estão marcadas para todas as quartas e sextas, às 20h. Começa amanhã. A qualidade continua o grande atrativo da seleção. Andree Röttig, o programador de lá, está de parabéns. Pra quem ainda não assistiu algum dos filmes abaixo, dou somente um conselho: não perca!

A casa fica à Rua do Amparo 319, Amparo, Olinda (Cidade Alta). Informações: (81) 3424-3366, (81) 9606-5708.

09 de maio: A Malvada (All about Eve), de Joseph L. Mankiewicz, com Bette Davis, Anne Baxter e Marilyn Monroe. Para alcançar suas ambições na indústria do cinema hollywoodiano, uma atriz inescrupulosa manipula a todos os integrantes de produção em que participa.

11 de maio: Tudo sobre minha mãe (Todo sobre mi madre), de Pedro Almodóvar. Com Cecília Roth e Penelope Cruz. Diretamente influenciado pelo “all about” acima, Almodóvar conta a história de uma mãe que vê o filho ser atropelado ao pedir um autógrafo para uma atriz. Depois, procura o pai da criança, um travesti, conhece Rosa, a enfermeira que cuida da atriz que seu filho adorava, e a namorada da atriz (que contracena com ela num filme). Precisa dizer mais?

16 de maio: Uma Noite Sobre a Terra, (“Night on Earth), de Jim Jarmusch. Filme menos conhecido de Jarmusch (o senhor de cabelos brancos na foto acima), a história tem estrutura semelhante a Sobre Café e Cigarros. Os atores são, entre outros, Winona Rider, Rosie Perez, Giancarlo Esposito, Isaach De Bankolé e Roberto Benigni. Em vez amigos em torno de uma mesa com cinzeiros e garrafas de café, eles são passageiros e taxistas em cinco diferentes cidades. A Trilha sonora, claro, é de Tom Waits. Para quem quer mais, vale procurar Down by Law, Dead Man e Broken Flowers.

18 de maio: Violência Gratuita (Funny Games), de Michael Haneke. Apesar do título em inglês (Jogos divertidos), não há divertimento algum neste perturbante filme de Haneke, o primeiro de uma série engendrada pelo austríaco (A Professora de Piano e Caché). Seu debut é um rigoroso, hermético e cruel excercício de cinema, com clara inspiração em Laranja Mecânica (Clockwork Orange), de Stanley Kubrick.

Como no clássico de 1971, Haneke estabelece um tempo próprio: brinca de avançar e retroceder, coloca os personagens para conversar com o espectador. Sua estética se espelha no mestre Kubrick desde as imagens milimetricamente construídas ao foco na delinqüência juvenil que banaliza a violência. Uma violência nem tão gratuita, já que assim, o diretor realiza seus caprichos de apaixonado pelo cinema. Na busca de cumplicidade do público, sadicamente faz grudar nossos olhos na tela até o fim.

Baixio das Bestas, de Cláudio Assis, premiado ontem na França, pré-estreia no Cinema da Fundação

Será neste sábado (5), às 20h30, e domingo (6), às 18h40, as sessões avant-premiere do esperado Baixio das Bestas, o segundo longa do pernambucano Cláudio Assis. O filme estréia dia 11 de maio em São Paulo, Rio e Recife. Cartola – Música para os olhos, de Lírio Ferreira e Hilton Lacerda, continua em cartaz esta semana, diariamente, às 17h, 18h40 e 20h30 (com exceção dos horários de Baixio).

Desde o ano passado, Baixio das Bestas vem acumulando prêmios por onde passa. Ele acaba de ser contemplado com o prêmio especial de melhor direção no 9º Festival de Cinema Brasileiro de Paris. A categoria foi criada após o júri assistir a película de Assis. Em fevereiro, ganhou o Tiger Award, o maior prêmio do Festival de Roterdã, e em novembro com seis prêmios no Festival de Brasília: melhor filme, atriz (Mariah Teixeira), ator coadjuvante (Irandhir Santos), atriz coadjuvante (Dira Paes), trilha sonora (Pupillo)e prêmio da crítica.

Abaixo, a reprodução do release da Fundaj:

Baixio das Bestas, de Cláudio Assis (Brasil, 2007). Com Fernando Teixeira, Mariah Teixeira, Caio Blat, Matheus Nachtergaele, Irandhir Santos, Marcélia Cartaxo, Dira Paes, Hermila Guedes e Magdale Alves. Premiado nos festivais de Brasília e Roterdã, Baixio das Bestas é o segundo longa metragem do cineasta pernambucano Cláudio Assis. Depois do urbano Amarelo Manga, ele filma agora a Zona da Mata pernambucana e o arcaico sistema de classes que parece sincronizado com o ciclo da cana. Num cinema abandonado de uma usina decadente, na paisagem canavieira, num posto de caminhoneiros ou na fossa em construção de uma casa, o filme de Assis apresenta crônica potente de uma realidade ao mesmo tempo local e universal, com foco particular na imagem brutalizada da mulher. Tela Larga / 85 mins. / Imovision / 18 anos / Inédito.

Cinema da Fundação – programação da semana

Programação de 20 a 26 de abril a 2007

Estréia EXCLUSIVA no Cinema da Fundação

Cartola: Música para Os Olhos, De Lírio Fereirra e Hilton Lacerda.
Cartola ainda criança, em roupas de demônio, corre pelas ruas do bairro das Laranjeiras, Rio de Janeiro, durante o período carnavalesco, animando o Rancho dos Arrepiados, um dos blocos que ainda existiam na ainda Capital da República. As cores do bloco são o verde e o rosa. “Cartola”, o filme, foi captado com recursos digitais, o documentário conta, por meio de imagens de arquivo e depoimentos, a vida de um dos sambistas e compositor mais admirado da música brasileira. RioFilme / Inédito / Livre / 80 min. / Projeção digital / Tela plana

Horário
sex – 16h50 – 20h – 21h40
sab – 16h50 – 20h30 –
dom – 16h50 – 20h30
ter a qui – 16h50 – 18h30 – 20h20

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O Cinema da Fundação abre espaço para a Mostra “Abrindo Cabeças”, promovida pela 11º edição do Cine-PE: Festival do Audiovisual. A mostra apresenta três obras realizados no período do Cinema Novo,

Sexta, 20 de Abril, 18h30
Opinião Pública(Brasil, 1967). Documentário de Arnaldo Jabor. Em “Opinião Pública”, o diretor faz, aos 27 anos, o primeiro filme de longa-metragem no estilo cinema verdade, analisando os corações e mentes da classe média brasileira, logo depois da “revolução” militar de 1964, mostrando como a classe média, com seu conservadorismo e ingenuidade, apoiou esse retrocesso histórico no país. Cinemateca Brasileira / Livre / 65 min. / 35mm / Tela Plana / Mono

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Sábado, 21 de Abril, 18h30
Boca de Ouro (Brasil, 1962). De Nelson Pereira dos Santos. Com Odete Lara, Jece Valadão, Daniel Filho, Maria Lúcia Monteiro, Ivan Cândido, Wilson Grey. Baseado em peça homônima de Nelson Rodrigues e filmado de forma brilhante por Nelson Pereira dos Santos. Boca de Ouro (Jece Valadão) decide arrancar todos os dentes para colocar uma dentadura de ouro. Por ter sido abandonado pela mãe em uma pia de banheiro, deseja também que seu caixão seja todo de ouro, para se recuperar do trauma que sofreu. Boca de Ouro começa apresentando seu protagonista, que acabara de morrer assassinado. O repórter Caveirinha (Ivan Cândido), designado para descobrir a verdadeira história do marginal, vai entrevistar sua ex-amante, Guigui (Odete Lara), que conta três diferentes versões da vida do bicheiro. Tela plana / 14 anos / 103 min. / Mono / Cinemateca Brasileira / Livre

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Domingo, 22 de Abril, 18h30

VIDAS SECAS (Brasil, 1963). De Nelson Pereira dos Santos. Com Átila Ióri, Maria Ribeiro, Orlando Macedo, Jofre Soares, Gilvan Lima, Genivaldo Lima. Rara oportunidade de ver no cinema a obra-prima de Nelson Pereira dos Santos, uma das melhores adaptações de uma obra literária para o cinema, neste caso, da obra de Graciliano Ramos. “Vidas secas” exibe o limite da incomunicabilidade e animalização do homem na família de retirantes que se desloca em movimento circular entre uma trégua e outra dada pela hostilidade da natureza. Filme determinante no período do Cinema Novo. 103 min. / Livre / 35mm / Tela plana / Mono / Cinemateca Brasileira

Promoção: Diretoria de Cultura
Rua Henrique Dias, 609, Derby 3073.6688, 3073.6689, 3073.6712 e 3073.6651 – cinema@fundaj.gov.br – Ingressos: R$ 6,00 (inteira) – R$ 3,00 – (acima de 60 anos/estudantes)

Cinema da Fundação – programação da semana

– adaptado do release da Fundaj

CINEMA da FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO

Promoção: Diretoria de Cultura – Rua: Henrique Dias, 609, Derby 3073.6688 e 3073.6689 – cinema@fundaj.gov.br – Ingressos: R$ 6,00 (inteira) – R$ 3,00 – (acima de 60 anos/estudantes

Todas as Quartas-Feiras, Professor apresentando documentação tem entrada franca no Cinema da Fundação, via “Sessão Bossa Mestre”

Além de dar continuidade à programação normal (2a. semana de Em Direção Ao Sul, 3a. semana de Pro Dia Nascer Feliz), O Cinema da Fundação traz esta semana a mostra especial Globalização, Globalizações, organizada em parceria com o Ministério Francês das Relações Exteriores e a Aliança Francesa do Recife.

Destaque da programação vai para o filme O PESADELO DE DARWIN (Le Cauchemar de Darwin, 2004), documentário indicado ao Oscar.

Esta programação terá entrada franca. Apresentaremos na Sala João Cardoso Ayres e na sala de cinema (Cinema da Fundação) uma seleção de documentários unidos pelo tema Globalização, tema que revela-se uma das principais preocupações do mundo contemporâneo. As projeções serão seguidas de um debate com especialistas e o público.

Programação de 13 a 19 de abril de 2007

2ª semana
Em Direção ao Sul (Vers le Sud, França/Canadá, 2005). De Laurent Cantet. Com Charlotte Rampling. Uma professora (branca) de literatura nos seus 50 e poucos anos visita o Haiti, nos anos 70. Desencantada com a rotina da sua vida normal, ela descobre um novo prazer nos belos corpos de rapazes negros da praia paradisíaca que visita, corpos que podem ser comprados por quantias irrisórias. O diretor Laurent Cantet investiga a divisão entre mundo rico e mundo pobre, questões de raça e sexualidade nesse filme que vira a mesa em temas geralmente vistos como “delicados” quando o ponto de vista é masculino.

105 min. / Imovision / Dolby SR / Inédito / 16 anos / Tela Plana

Sexta: 16h20 / 20h10
Sáb / dom: 18h10 / 20h10
Ter: – 16h30
Qui – 18h

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Pro Dia Nascer Feliz (Brasil, 2006). De João Jardim. Depois de investigar o olhar no bem sucedido Janela da Alma (lançado no Recife em 2002 pelo Cinema da Fundação), o cineasta João Jardim registra o adolescente brasileiro e sua relação com a escola. São meninas e meninos, ricos e pobres, em situações que revelam precariedade, preconceito, violência e esperança. Em três estados brasileiros (Pernambuco, Rio, São Paulo), em classes sociais distintas, adolescentes falam da vida na escola, seus projetos e inquietações numa fase crucial da formação. Professores também expõem seu cotidiano profissional, ajudando a pintar um quadro complexo das desigualdades no país a partir da realidade escolar. Prêmio especial do júri no Festival de Gramado 2006. Exibição em digital / Tela Plana / Dolby / 88 min. / Copacabana Filmes / Livre

HORÁRIOS
Sexta – 18h20
Sab / Dom / Qui : 16h20
Qua: 17h30

MOSTRA GLOBALIZAÇÃO GLOBALIZAÇÕES
SEGUNDA FEIRA 16
17H – Sala João Cardoso Ayres
Globalização, Violência ou Diálogo? + debate . Mondialisation, violence ou dialogue? (França, 2002). De Patrice Barrat. Cores. Duração 52’. Após os violentos eventos de Seattle e Gênova, por ocasião das cúpulas do G8, vêm o 11 de setembro e suas repercussões mundiais. A ideologia do Bem contra o Mal, a de uma guerra entre diferentes culturas e o confronto entre religiões também se enquadram no âmbito da globalização. Embora, por enquanto, as oposições entre partidários e contestadores da globalização sejam apenas verbais, não deixa de ser verdade que as visões antagonistas entre “a sociedade civil” e “os poderes instituídos” são tão generalizadas que o nosso mundo pode vir a cair na armadilha de forças que o paralisarão. Seleção Oficial – Festival do Filme de Shanghaï, 2002 – CinemAmbiente, Festival do Filme Ambiental, Itália, 2002 – 7° Festival do Filme Ambiental, Turquia, 2003 – Encontros Mídias Norte-Sul, 2003 – Festival de Bombaim, WSF, 2003.

Debatedores: Jacques Laberge e Marcos Guedes de Oliveira

Marcos Guedes de Oliveira tem pós-doutorado em Relações Internacionais pelo IHEAL de Paris, é professor de Política Externa Brasileira na UFPE e pesquisador do CNPq.

Jacques Laberge é psicanalista. Foi membro da École Freudienne de Paris. Participa da Intersecção Psicanalítica do Brasil.

19h (Cinema da Fundação) – Ilha das Flores (Brasil, 1989). De Jorge Furtado. Cores. Duração 13’. Um tomate é plantado, colhido, vendido e termina no lixo da Ilha das Flores, entre porcos, mulheres e crianças. Entre documentário e ensaio poético-político, o realizador decompõe simplesmente os mecanismos da globalização. Melhor curta, melhor montagem, melhor roteiro e prémio da crítica e do público – Festival de Gramado 1989. Urso de prata – Festival de Berlim, 1990. Prêmio da crítica e do público – Festival de Clermont-Ferrand, 1991. Prêmio do Público – competição No Budget do Festival de Hamburgo, 1991

19h15 (Cinema da Fundação) – O Pesadelo de Darwin + Debate (Darwin’s Nightmare, França/Áustria/Bélgica/França, 2004). De Hubert Sauper. Cores. Duração 107’. Classificação etária Livre. Poderia começar como uma lenda oriunda da África. Nos anos 60, na Tanzânia, um peixe chamado perca do Nilo, um predador voraz que dizima todas as outras espécies, foi introduzido no Lago Victoria. Desta catástrofe ecológica nasceu uma indústria lucrativa, pois a carne branca do enorme peixe é exportada com sucesso para todo o hemisfério norte, para os países ricos. Mas, no lago, imensos aviões cargueiros da ex-URSS compõem um balé constante, abrindo caminho para um outro comércio. Pescadores, políticos, pilotos, prostitutas e industriais tornam-se cúmplices ou vítimas de um drama que ultrapassa a imaginação. As margens do maior lago tropical do mundo são hoje palco de um pesadelo da globalização. Melhor Filme Documentário Europeu – EFA 2004. Prêmio Europa Cinémas – Festival Internacional do Filme de Veneza 2004. Grande Prêmio Documentário – Festival do filme do Meio Ambiente de Paris 2004. Prêmio do Publico – Festival de Belfort 2004. Grande Prêmio do Melhor Filme – Festival de Copenhague 2004. Prêmio do Melhor Documentário – Festival de Montreal 2004. César 2006 do Melhor Primeiro Filme.

Debatedores: Marcelo de Almeida Medeiros e Fábio Hazin

Marcelo de Almeida Medeiros é Doutor em Ciência Política pela Universidade de Grenoble (França). Pesquisador do CNPq, é Professor de Ciência Política da UFPE onde, atualmente, exerce a chefia do Departamento de Ciências Sociais.

Fábio Hazin é diretor do Departamento de Pesca e Aqüicultura da Universidade Federal Rural de Pernambuco – UFRPE / PE e presidente do Cemit (Comitê Estadual de Monitoramento de Incidência de Ataques de Tubarão).

TERCA FEIRA 17
ECONOMIA – DIREITO

16h45 (Sala João Cardoso Ayres) – Por um comércio eqüitativo (Vers un commerce équitable). De Jean Lefaux, Martine Bouquin. Cores. Duração 47’. Embora o planeta se enriqueça cada vez mais, a economia dos países do Sul não consegue erradicar o círculo vicioso da miséria, sendo excluída do mercado mundial. Frente a uma economia neoliberal submetida às flutuações aleatórias do mercado, um certo número de pessoas decidiram instaurar uma maior eqüidade entre produtores e consumidores. O documentário dá a palavra aos protagonistas da produção de cacau e nos apresenta o “comércio eqüitativo” como uma outra via possível para a economia mundial, baseada em regras e valores mais humanos.

17h35 (Sala João Cardoso Ayres) – O Combate dos Juizes (Le Combat des Juges, França, 2000). De Yves Billy. Cores. Duração 52’. A criação dos Tribunais Penais Internacionais para a Iugoslávia e para Ruanda, com a finalidade de julgarem os crimes de guerra contra a humanidade e os genocídios, tornaram-se etapas necessárias na constituição de uma Corte Penal Internacional. A tenacidade de determinados homens e mulheres terminou por convencer numerosos Estados da eficácia e do potencial desses procedimentos excepcionais. O direito internacional ganha, assim, em legitimidade e abre caminho para outros recursos que no futuro serão possíveis, para que sejam respeitados os direitos humanos, econômicos e sociais de todos. Seleção francesa FIPA, 2002 (Biarritz)

ECONOMIA

18h30 – (Cinema da Fundação) – The Corporation + Debate. De Jennifer Abbott e Mark Achbar. Cores. Duração 135’. A partir da polêmica decisão da Suprema Corte de Justiça americana que atribui às corporações o status de “pessoa”, são analisados os poderes destes organismos. Neste documentário, Mark Achbar e Jennifer Abbot mostram as repercussões da hegemonia das corporações na sociedade e na vida das pessoas (a exploração da mão-de-obra barata nos paises em desenvolvimento, a devastação do meio ambiente…). Baseado no best seller The Corporation: The Pathological Pursuit of Profit and Power, foram convidados CEOs, lobistas, gurus, espiões, jogadores, hipotecários, corretores de títulos e estudiosos para revelar o trabalho, impactos controversos e futuros possíveis de quatro grandes corporações. O documentário apresenta entrevistas de presidentes da Nike, Shell e IBM, além de Noam Chomsky, Milton Friedman e Michael Moore. Prêmio especial do Júri no Festival Internacional do Documentário de Amsterdã 2004. Prêmio do Público no Festival de Sundance 2004. People’s Choice Award no Festival Internacional de Toronto 2003.

Debatedores: Ernani Carvalho e Ivan Moraes

Ivan Moraes Filho é jornalista formado pela Universidade Católica de Pernambuco e integrante do Centro de Cultura Luiz Freire, onde participa de ações de promoção do direito humano à comunicação e de análise crítica da mídia. Também ocupa a função de articulador estadual do Movimento Nacional de Direitos Humanos em Pernambuco.

Ernani Carvalho é Doutor em Ciência Política pela USP e Professor de Ciência Política da UFPE.

QUARTA FEIRA 18

SOCIAL

17h – (Cinema da Fundação) – Uma Empresa Decente + Debate . (A Decent Factory. França/Finlândia, 2004). De Thomas Balmès. Cores. Duração 79’. Ter lucros ou guiar-se por princípios morais? A questão é crucial para uma empresa como a Nokia, que está transferindo a sua produção para a China, país em que a mão de obra é barata. Seu “especialista em civilidade” visita, então, a fábrica chinesa para ver como se organiza o seu fornecedor e para tentar remediar as conseqüências da transferência de mão de obra para o exterior: corrupção, direitos humanos, higiene e habitação deixadas de lado. Mas, o que é uma empresa correta? Se as multinacionais têm tentado se dotar de uma nova imagem ética, a questão da responsabilidade social estendida aos serviços terceirizados permanece sendo um dos grandes desafios da globalização. Seleção IDFA Amsterdã, 2004 – Film Forum New York, 2005 – It’s all true Rio de Janeiro, 2005, DOCAVIV Tel Aviv, 2005 – Visions du Réel Nyons, 2005 – HOT DOCS Toronto… Prêmio Europa Festival de Berlim, 2005

Debatedores: Ana Cristina Fernandes e Marcos Costa Lima.

Ana Cristina Fernandes é arquiteta, PhD em geografia econômica pela Universidade de Sussex, Inglaterra, professora do Depto. de Ciências Geográficas da UFPE e professora orientadora do Mestrado e Doutorado em Geografia desta universidade. Bolsista do CNPq, vem trabalhando em temáticas como configurações espaciais do capitalismo contemporâneo, desenvolvimento regional e inovação tecnológica.

Filipe Reis Melo é economista, doutor em ciência política pela Universidade de Deusto (Espanha), coordenador do curso de Ciências Econômicas da Faculdade São Miguel. Atua na área de política internacional como pesquisador do D&R, grupo de pesquisa do Departamento de Ciência Política da UFPE, e da Cátedra José Martí, do Centro de Educação da UFPE.

19H15 (Cinema da Fundação) Operárias do Mundo + Debate. Ouvrières du Monde (França/Bélgica, 2000). De Marie-France Collard. Cores. Duração 57’. No outono de 1998, a marca Levi’s anuncia a sua intenção de reestruturar as suas atividades na Europa, transferindo para o exterior seus locais de produção. Na Bélgica e na França, operárias vivem seus últimos meses de trabalho na fábrica, enquanto que na Turquia, nas Filipinas e na Indonésia outras operárias lhes fazem, involuntariamente, uma concorrência fatal, sem no entanto recolher os respectivos frutos. Ao ritmo de seus combates e negociações, um sentimento de impotência persiste, face à lógica implacável da globalização econômica. Prémio do Público 11° Festival do Filme de Mulheres de Colônia, 2002 – Prémio do Público Festival Internacional Dignidade e Trabalho de Gdansk, 2004 – Prémio do melhor documentário no Festival de vídeo de Tema social de Liège, 2005.

Debatedores: Jackeline Natal, Michel Zaidan.

Jackeline Natal é pesquisadora e Supervisora do Escritório Regional do DIEESE/PE (Depto. Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos).

Michel Zaidan possui graduação em Filosofia pela Universidade Católica de Pernambuco, mestrado em História pela Universidade Estadual de Campinas e doutorado em História Social pela Universidade de São Paulo. Atualmente é professor titular da UFPE. Tem experiência na área de História , com ênfase em Teoria e Filosofia da História.

QUINTA FEIRA 19
DESENVOLVIMENTO

17h (Sala João Cardoso Ayres) O Banqueiro dos Humildes . (Le Banquier des Humbles. França/Índia, 2000). De Amirul Arham. Cores. Duração 52’. Em Bangladesh, Muhammed Yunus, economista de renome, aceitou o desafio de só conceder empréstimos aos pobres, sem preconceitos econômicos ou políticos. Criou, assim, o primeiro banco de micro-crédito, o Grameen Bank. O princípio é simples: permitir que os mais desfavorecidos e em particular as mulheres possam ter acesso ao capital para financiar suas atividades. Esta revolução silenciosa afeta milhões de indivíduos, reinventando duravelmente a relação entre o banqueiro e os seus clientes. E se a miséria deixasse de ser uma fatalidade?

18h (Sala João Cardoso Ayres) Nossos Amigos do Banco + Debate. (Nos Amis de la Banque. França, 1997). De Peter Chappell. Cores. Duração 84’. A dívida dos países do Sul estaria nas mãos de uma meia dúzia de pessoas, em Washington, numa instituição financeira pouco conhecida, o Banco Mundial? Durante vários meses, são realizadas negociações entre o Banco Mundial e um país paralisado pelo seu endividamento excessivo : Uganda. Esta pesquisa de campo realça os mecanismos da tomada de decisão no mais alto nível e o envolvimento determinante do Banco Mundial e do FMI no funcionamento dos países do Sul. FIPA d’argent, 1998 – Prêmio da Biblioteca Nacional – Festival du Cinéma du Réel, 1998. Prémio do Festival Internacional do Filme Okomedia e do Festival de Freiburg, 1998. Menção do Júri da seção Ecrans Nord-Sud – Festival Vues d’Afrique Montréal 1998.

Debatedores: Clovis Cavalcanti e José Alexandre Ferreira Filho

José Alexandre Ferreira Filho é professor do departamento de economia e administração da Universidade Católica e auditor fiscal do tesouro estadual da Secretaria da fazenda; fiz mestrado em economia e doutorado em ciência política, ambos na UFPE.

Clóvis Cavalcanti é economista ecológico, pesquisador social da Fundação Joaquim Nabuco e professor da Universidade Federal de Pernambuco. Escreve quinzenalmente, aos domingos, no Diário de Pernambuco.

20h – (Cinema da Fundação) – O Pesadelo de Darwin (reprise).

Cinema da Fundação – programação da semana

CINEMA da FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO
Promoção: Diretoria de Cultura – Rua: Henrique Dias, 609, Derby

Fones: 3073.6688 – 3073.6689 – 3073.6712 e 3073.6651 – cinema@fundaj.gov.brhttp://www.fundaj.gov.br

Ingressos: R$ 6,00 (inteira) – R$ 3,00 – (acima de 60 anos/estudantes)

Todas as Quartas-Feiras, Professor apresentando documentação tem entrada franca no Cinema da Fundação, via “Sessão Bossa Mestre”

Programação de 6 a 12 de abril a 2007
Estréia, Sexta, 6 de Abril
Em Direção ao Sul (Vers le Sud, França/Canadá, 2005). De Laurent Cantet. Com Charlotte Rampling. Uma professora (branca) de literatura nos seus 50 e poucos anos visita o Haiti, nos anos 70. Desencantada com a rotina da sua vida normal, ela descobre um novo prazer nos belos corpos de rapazes negros da praia paradisíaca que visita, corpos que podem ser comprados por quantias irrisórias. O diretor Laurent Cantet investiga a divisão entre mundo rico e mundo pobre, questões de raça e sexualidade nesse filme que vira a mesa em temas geralmente vistos como “delicados” quando o ponto de vista é masculino.
105 min. / Imovision / Dolby SR / Inédito / 16 anos / Tela Plana

Sexta: 16h20 / 20h20
Sábado: 18h10 / 20h20
Domingo: 18h
Ter, Qua & Qui: – 18h10
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3a. Semana

O HOMEM DUPLO(A Scanner Darkly, EUA, 2006). De Richard Linklater (“Antes do Pôr-do-Sol” e “Waking Life”). Com Keanu Reeves, Robert Down Jr., Winona Ryder, Wood Harrelson. “A Scanner Darkly” é um ensaio fascinante sobre os estados alterados da mente humana, em especial através de drogas químicas. Ambientado em pelo menos quatro camadas possíveis de realidade, o filme adapta a obra de Philip K. Dick (cujos escritos também inspiraram Blade Runner – O Caçador de Andróides) como uma análise da percepção inusitada do mundo, e a tristeza da mais dura loucura. Com imagens na técnica Rotoscope (animação sobreposta a imagens ‘live-action’) também usada em “Waking Life”, o filme nos leva ainda a uma Los Angeles de um futuro não muito distante, quando um policial usa um novo sistema de disfarce para investigar os seus próprios amigos. E a ele próprio. Seleção Festival de Cannes 2006 – Fora de Competição. 100 min. / Tela Plana / Dolby SR / Inédito / Warner / 16 anos.

Horário:
Sexta, 18h20
Sábado: 16h10
Domingo: 20h10
Ter, Qua & Qui: 20h20

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Pro Dia Nascer Feliz (Brasil, 2006). De João Jardim.
Depois de investigar o olhar no bem sucedido Janela da Alma (lançado no Recife em 2002 pelo Cinema da Fundação), o cineasta João Jardim registra o adolescente brasileiro e sua relação com a escola. São meninas e meninos, ricos e pobres, em situações que revelam precariedade, preconceito, violência e esperança. Em três estados brasileiros (Pernambuco, Rio, São Paulo), em classes sociais distintas, adolescentes falam da vida na escola, seus projetos e inquietações numa fase crucial da formação. Professores também expõem seu cotidiano profissional, ajudando a pintar um quadro complexo das desigualdades no país a partir da realidade escolar. Prêmio especial do júri no Festival de Gramado 2006.
Exibição em digital / Tela Plana / Dolby / 88 min. / Copacabana Filmes / Livre

HORÁRIO
Domingo: 16h10
Terça, Qua e Quinta: 16h30

Animação na tela da Fundaj

A partir desta semana, o Quadro Mágico passa a publicar a programação do Cinema da Fundação, sala que desde 1997 vem oferecendo aos cinéfilos do Recife uma, digamos, alternativa ao que passa nas salas comerciais. A começar por este que vos escreve, tantas vezes salvo por filmes como Touro Indomável, Funny Games, 2001, Invasões Bárbaras, Dançando no Escuro, Irreversível, Caché, etc, etc, e bote etc. nisso!

Ano passado, graças ao patrocínio da Chesf, a sala – e o público – ganhou o tratamento que merece: equipamento, climatização e poltronas de primeira, mais a reforma na estrutura.

A novidade mais recente é a aquisição do equipamento de projeção digital, que passa a funcionar este mês de março. Um sistema que desobriga aos cinemas se prenderem a títulos distribuídos em película. Agora, um filme pode ser exibido a partir de um HD, internet ou sinal de satélite.

A estréia da semana é

Scanner Darkly, de Richard Linklater, prossegue com a técnica iniciada pelo diretor em 2001 no filme Waking Life, a rotoscopia, técnica que transforma cenas “live action” em desenho animado ultra-realista. Desta vez, em corpos de gente famosa como Keanu Reeves (acima), Robert Downey Jr., Woody Harrelson e Winona Rider.

Abaixo, a programação completa:
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CINEMA da FUNDAÇÃO JOAQUIM NABUCO

Promoção: Diretoria de Cultura – Rua: Henrique Dias, 609, Derby 3073.6688 e 3073.6689 -cinema@fundaj.gov.br – Ingressos: R$ 6,00 (inteira) – R$ 3,00 – (acima de 60 anos/estudantes)

Semana 11

Programação de 23 a 29 de março de 2007

Lembramos que Todas as Quartas-Feiras, Professor apresentando documentação tem entrada franca no Cinema da Fundação, via “Sessão Bossa Mestre”

Pro Dia Nascer Feliz (Brasil, 2006). De João Jardim. Depois de investigar o olhar no bem sucedido Janela da Alma (lançado no Recife em 2002 pelo Cinema da Fundação), o cineasta João Jardim registra o adolescente brasileiro e sua relação com a escola. São meninas e meninos, ricos e pobres, em situações que revelam precariedade, preconceito, violência e esperança. Em três estados brasileiros (Pernambuco, Rio, São Paulo), em classes sociais distintas, adolescentes falam da vida na escola, seus projetos e inquietações numa fase crucial da formação. Professores também expõem seu cotidiano profissional, ajudando a pintar um quadro complexo das desigualdades no país a partir da realidade escolar. Prêmio especial do júri no Festival de Gramado 2006.

Exibição em digital / Tela Plana / Dolby SR / 88 min. / Copacabana Filmes / Livre

HORÁRIO

Sexta (23mar): 17h / 18h45
Sábado (24mar): 18h30
Domingo, terça e quinta (25, 27, 29 mar): 16h30
Qua (26 mar): 16h30 / 18h20

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ESTRÉIA

De Richard Linklater – O HOMEM DUPLO (A Scanner Darkly, EUA, 2006). Com Keanu Reeves, Robert Down Jr., Winona Ryder, Wood Harrelson. “A Scanner Darkly” é um ensaio fascinante sobre os estados alterados da mente humana, em especial através de drogas químicas. Ambientado em pelo menos quatro camadas possíveis de realidade, o filme adapta a obra de Philip K. Dick (cujos escritos também inspiraram Blade Runner – O Caçador de Andróides) como uma análise da percepção inusitada do mundo, e a tristeza da mais dura loucura. Com imagens na técnica Rotoscope (animação sobreposta a imagens ‘live-action’) também usada em “Waking Life”, o filme nos leva ainda a uma Los Angeles de um futuro não muito distante, quando um policial usa um novo sistema de disfarce para investigar os seus próprios amigos. E a ele próprio. Seleção Festival de Cannes 2006 – Fora de Competição.

100 min. / Tela Plana / Dolby SR / Inédito / Warner / 16 anos.

HORÁRIO

Sexta, sábado (23, 24 mar): 20h30
Domingo (25mar): 18h20 – 20h30
Ter & Qui (27, 29 mar) : – 18h20 / 20h20
Qua (26 mar): 20h20

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7a. Semana – Sessão Especial
O Labirinto do Fauno (El Labirinto del Fauno, México, 2006), de Guillermo del Toro. Com Ivana Baquero, Sergi López, Maribel Verdu. Em 1944, logo após a guerra civil da Espanha, uma menina se muda para o norte do país com seu padrasto e sua mãe grávida. Ela se esconde da dura realidade, criando um mundo imaginário de fadas e contos. Vencedor de 3 Oscars. 16 anos / Warner / 112 min. / Dolby SR / Tela Plana

Horário
Sábado (24 mar): 16h10