Papa-Figo não poupa ninguém

Com mais de 25 anos de atividade, o Papa-Figo é quase uma instituição pernambucana. Quase, pois se fosse certamente iria contra a verve anarquista que a guiou por mais de 300 edições, um programa de TV e, em breve, no site http://www.papafigo.com. Para comemorar este primeiro quarto de século, o editor Bione bancou do próprio bolso uma edição especial retrospectiva, com praticamente todos os números do Papa-Figo, encadernados em dois livros cartonados, mais dez pôsteres do cartunista Miguel e um DVD com depoimentos de fundadores, admiradores e colaboradores como Jaguar, Nani, RAL, Samuca, Paulo Bruscky, Tarcísio Sete, Jomard Muniz de Brito e o cantor Falcão.

O conjunto, impresso na Companhia Editora de Pernambuco, vem acomodado em uma caixa gigante, que estará à venda na festa organizada hoje à tarde no Bar Biruta e a partir de segunda-feira no Empório Sertanejo, Bodega do Véio, bancas Globo e Jornal Magazine e demais anunciantes do jornal.

O valor histórico da publicação, que repassa a história recente sob o ponto de vista do humor cafajeste, é incontestável. Na sessão “Papa-Figo Recomenda”, por exemplo, há espaço publicitário para o sebista Pedro Américo e para a filmes em cartaz no Teatro do Parque e no extinto Cine Bajado da Praça do Carmo (Olinda).

O Papa-Figo começou a circular em agosto de 1984, no formato tabloide, encartado no Jornal da Semana, editado por Nagib Jorge Neto. Na origem está a vontade de RAL e Paulo Santos de fazer uma publicação de charges e cartuns. “Fazíamos a Xepa, que não durou muito. Na mesma linha de pensamento, surgiu o nome Prato Feito, ou PF. Aí Paulo Santos falou: ‘Papa-Figo’ e fez o primeiro desenho, inspirado no mascote do Pasquim, o rato Sig. Depois eu desenvolvi o desenho”, conta Ral.

Enquanto isso, Bione voltava de São Paulo, com o desejo de fazer um jornal que parodiasse a grande imprensa. “Com Amin Stepple, Geneton Moraes Neto, Manuel Costa, Clériston e Paulo Santos fizemos O Rei da Notícia, que durou apenas três números. RAL estava ilustrandoum livro com texto de um amigo, José Teles, que na época trabalhava na Caixa Econômica. Com ele, formamos um trio que era imbatível”, conta Bione.

RAL seguiu no Papa-Figo até 1994. “Terminei minha gestão porque meu fígado não aguentava mais”, brinca o artista. Teles seguiu até 2000, tendo assinado boa parte dos textos até meados dos anos 1990. Depois disso Bione passou a contar com colaboradores fictícios como Ivan Pé de Mesa, que assina a coluna Sociedade Pernambucana.

De lá para cá, o Papa-Figo assumiu formatos, mídias, periodicidade e tiragens variadas. “Na eleição municipal de 2000, fizemos uma edição de 5 mil cópias com um pôster colorido de Roberto Magalhães posando de Mona Lisa. O pessoal do PT gostou tanto que mandou rodar mais 10 mil e ainda imprimiu a imagem em camisetas”, lembra Bione.

No entanto, o jornalista nega qualquer inclinação partidária no periódico, que inclusive, ostenta o título de “o único com voto de repúdio da câmara dos vereadores” e o lema “o Papa-Figo não poupa ninguém”. “No fim dos anos 80, recebi ameaças de uma turma que se identivicava como de Collor, porque fizemos um perfil dele com o título “o candidato que cheira bem”, diz Bione. Entre as paródias estão a do Rock in Coque, promovido pelo empresário Roberto Mendingo e a cobertura do Festival de Cannes, por Kleber Mão de Onça.

Serviço
Festa dos 25 anos do Papa-Figo
Quando: Hoje, a partir das 12h
Onde: Bar Biruta (Rua Bem-Te-Vi, 15, Brasília Teimosa – Pina)
Quanto: Entrada franca

(Diario de Pernambuco, 05/06/2010)

Lalá, de volta ao RALmanaque

Lalá está de volta ao RALmanaque.

Desta vez, a pequena telespectadora critica a cobertura midiática em torno da morte da menina Isabela.

A personagem, baseada na netinha do cartunista RAL, foi criada no final do ano passado, quando seu site entrou no ar.

De lá pra cá, ela vem aparecendo esporadicamente, entre uploads de trabalhos anteriormente publicados em jornais e revistas.

Em 2007, o Quadro Mágico publicou uma entrevista com RAL. Para ler, clique aqui.

No ar: RALmanaque, o blog do RAL

RAL tarda, mas não falha. Até dois meses atrás, este veterano das artes gráficas era impossível de ser encontrado em qualquer quadrante desta grande – infinita, há quem garanta – internet. O que contribuiu para sua fama de artista um tanto quanto lendário. Experimente procurar por “RAL” no Google, e terá como resultado direcionamentos para um sistema alemão de orientação de cores (padrão RAL) e para a Rede Avançada de Locação. Sugerindo um possível erro de digitação, o sistema de busca sugere uma nova pesquisa, com a palavra-chave REAL.

Destarte (para usar outro verbete pré-web), digitar hoje seu nome junto à sigla FIHQ, significa encontrar mais de mil notícias sobre Romildo Araújo Lima. Todas dizem respeito à sua participação no 9º Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco (confira cobertura em posts anteriores do Quadro Mágico), onde recebeu as devidas homenagens e honrarias, e teve seu personagem, o Boi Misterioso, promovido a mascote e troféu. Ponto para o evento: elevou RAL à altura que merece, e apresentou sua arte para novas gerações.


RAL BRINCA COM UM DE SEUS DESENHOS EXPOSTOS NO 9º FIHQ

Em quase 40 anos de atividade profissional, RAL teve seu trabalho publicado em praticamente todos os jornais e revistas pernambucanos, além da Gazeta Mercantil e revistas do Rio e São Paulo. Além disso, foi colaborador constante do Pasquim, desde a fase mais heróica de resistência à censura dos generais.

De uns anos pra cá, RAL viveu certa reclusão artística, mas continuou trabalhando como designer e ilustrador de publicações institucionais. Feliz com a homenagem recebida pelo FIHQ, o artista experimenta um momento de retorno para o mundo de onde ele nunca deveria ter saído: o do humor gráfico.


CARTUM DE RAL PUBLICADO NO DIARIO DE PERNAMBUCO

O primeiro passo foi aceitar a homenagem do festival. O segundo foi voltar a assinar cartuns para o Diario de Pernambuco, jornal em que foi editor de arte por mais de duas décadas. O terceiro foi dado ontem à noite, quando colocou no ar seu blog, o Ralmanaque.

A proposta do RALmanaque é intercalar material inédito com sua vasta e heterogênea produção de tiras, charges, cartuns e ilustrações.

No primeiro post, a grata surpresa de conhecer uma nova – e recém-nascida – personagem: Lalá, baseada na netinha Larissa. Deste escriba, somente um comentário: Lalá vai longe.

O Quadro Mágico entrevistou RAL, que no momento organiza seu primeiro livro-coletânea de desenhos, com o mesmo título do blog. Confira no post abaixo os melhores momentos da conversa.

Quadro Mágico entrevista RAL: "o Pasquim foi o meu curso superior"



Quais quadrinhos você lia quando criança?

Gostava de Cavaleiro Negro, Batman e Tarzan. Dos outros, o estilo desenho não me agradava, mas as histórias sim: Brucutu, Perdidos no Espaço… gostava das tirinhas, essa coisa da seqüência.

Você já gostava de desenhar naquele tempo?
Meu irmão desenhava bem, e eu comecei a imitá-lo. Ele fazia revistinha no caderno da escola, ou no papel de pão. Ele pedia na padaria, e desenhava histórias completas. Com 13 anos, fiz um curso de desenho, em Arcoverde (interior de Pernambuco). Meu irmão, não. Ele já estava adolescente, e queria outras coisas. Vi o anúncio oferecendo o curso: Escola Pan-americana de Arte, “o curso dos famosos artistas” (risos). Entre eles tinha Ziraldo. Nem sabia o que era cartum, queria ser desenhista de quadrinhos. Mandava trabalho, e eles avaliavam, até receber o diploma. Em 1966, minha família resolveu se mudar para o Recife, e eu resolvi tentar a minha área.

Então você começou cedo.
É, foi uma aventura. Em 1968, com 17 anos, fui colaborador do Jornal do Commercio, tentando cavar um local pra mim.Eu acreditava em outra coisa. Meu irmão começou a trabalhar em seguro, área administrativa, minhas irmãs foram ser professoras. Nessa época, a pressão era pra deixar de desenhar, e procurar um emprego, coisas que dão dinheiro. Mas eu vivia freqüentando uma banca de revista de um tio meu. Um dia, vi uma que tinha um tipo de concurso pra publicar na revista deles, da editora Edrel (Editora e Distribuidora de Livros e Revistas, de São Paulo). Na época nem chamava de cartum, era do tipo “anedotas e piadas”. Mandei o material dentro do estilo, aquela coisa mais do humor pelo humor, só pra fazer graça. E consegui entrar como colaborador, trabalhando daqui. Fiz um pezinho de meia.

Quando a Edrel fechou as portas, fiquei de novo num mato sem cachorro (risos). Tive que procurar outra alternativa além do cartum. Aí procurei meu amigo Ivan Maurício, que tinha uma publicação alternativa chamada Resumo, e comecei a publicar por lá. Depois, conheci um amigo dele, um psicólogo chamado Ronaldo, que me indicou pra uma agência de publicidade. Peguei também o trabalho publicado na Edrel, e consegui publicar na coluna de um jornalista chamado Paulo Fernando Craveiro, que trabalhou muito tempo na imprensa. Depois eu o encontrei já no Diário de Pernambuco, quando fui editor de arte.

A partir de quando foi isso?
Em 1995, quando entrei no Diario como ilustrador, não existia setor de arte. Era só o departamento comecial, que fazia os anúncios, e um infografista chamado Júnior. Em 1997, Ivan Maurício deu esse empurrão e criou o setor. Me chamou, chamou Júnior, e eu chamei João Lin. Lá de dentro, consegui tirar Paulo Brasil, que ainda hoje trabalha lá. Fiquei no Diario até 1998, quando Mascaro ainda era estagiário. Daí passei três meses na Folha de Pernambuco, e de lá fui pra Gazeta Mercantil. Não deixou de ser escola, já que não existia escola de desenhista.

E no Pasquim, como você entrou?
Graças ao sustento que ganhava fazendo jornais institucionais, pude colaborar com cartuns para o Pasquim. O Pasquim eu também conheci nessa banca do meu tio. Um dia eu tava lá, e chegou um jornal estranho, com uma entrevista com o Ibrahim Sued. O Pasquim foi a minha escola. O primeiro grau foi o curso de desenho; o segundo foram os jornais locais; o Pasquim foi o meu curso superior (risos). Foi quando comecei a fazer as coisas com uma noção maior de engajamento.


CAPA DO PASQUIM NÚMERO 1

Você colaborou com o Pasquim estando o tempo todo no Recife?
Sim. Eu visitei uma vez a redação do Pasquim no Rio de Janeiro. Fui pro Rio com meu material de quadrinhos pra ver se publicava um livro, intitulado Know-RAL. Não consegui, mas conheci Ziraldo, Jaguar, Millôr…(risos). Logo depois, quem chegou foi José Lewgoy. Presenciei a secretária chegando com um pacote de envelopes com o material censurado. Eles ficaram indignados.


RAL AO LADO DO BOI MISTERIOSO, SUA CRIAÇÃO MAIS FAMOSA, E QUE GANHOU UM BONECO GIRATÓRIO NO FIHQ

Qual é a história do Boi Misterioso?
Mais uma vez, Ivan Maurício (risos). Ele estava como editor do Diário da Noite, mantido pelo Jornal do Commercio – que era um Folha de Pernambuco da época. Ele chamou a mim, Paulo Santos e Bione, e disse: “vocês vivem reclamando que não tem espaço pra publicar tira. Então vamos publicar”. Nenhum deles fez, e então pensei: “é a minha chance”. Comecei a rabiscar, pensando no bumba-meu-boi que eu via no interior, e pensei: “é um bom personagem”. Mas eu não sabia a parte toda do folclore do boi. Um dia estava conversando com Ivan, e ele tinha um livro de Hermilo Borba Filho com uma parte só sobre isso. Eu peguei o livro – nunca mais devolvi (risos) – e comecei a ver os personagens: o Capitão, a Catirina, dá pra fazer uma brincadeira com isso. E já que estávamos na ditadura, coloquei o Capitão como a autoridade, e o Boi como o povão. Apesar do bumba-meu-boi original ser bem colorido, lá embaixo está alguém, uma pessoa pobre, oculta. Pensei: “vou colocar isso pra frente: o boi vagabundo, com a roupa remendada”.

Quais são seus novos projetos?
Eu acho legal o blog, porque não precisa de editor pra distribuir, não é? (risos) Comecei, mas não amarrei, porque se não alimentar, não tem graça. Quando tiver alguma coisa nova, publico (nota: a entrevista foi feita antes de RAL lançar o blog). Para o ano que vem, pretendo reunir meu trabalho em antologia. Uma vez fiz uma aposta com Clériston*, pra ver quem fazia um livro primeiro. Somos dois preguiçosos!

* Antonio Clériston, autor do projeto HQCD: e o som virou quadrinhos, e chargista diário da Folha de Pernambuco.

Última semana de FIHQ 2007 – confira a programação


SÉRIE “IBICUS”, DESENHADA POR PASCAL RABATÉ

Eis que, aos 44 minutos do segundo tempo, o Festival Internacional de Humor e Quadrinhos ganhou ainda mais fôlego. Este último final de semana do evento, que termina no domingo, se ilumina com a presença do ilustrador francês Pascal Rabaté. O artista faz palestra grátis neste sábado, às 15h, no auditório da Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia (Rua do Bom Jesus, 147, Bairro do Recife).

Com formação pela Escola de Belas Artes de Angers, Rabaté possui mais de duas dezenas de obras publicadas. Seu trabalho mais conhecido é Ibicus, adaptação do romance de mesmo nome do escritor Aléxis Tolstoi, que narra aventuras ocultas durante a tomada da Rússia pelos revolução socialista, em 1917.

O FIHQ termina domingo, mas a festa de encerramento é hoje, no Burburinho Bar e Comedoria (Rua Tomazina – Recife Antigo). Começa às 22h, e terá jazz e do blues ao vivo com a banda El Mocambo. Haverá ainda mini-exposição, com trabalhos de alguns participantes do festival. Os ingressos custam R$ 3. Informações pelo telefone (81) 3224.5854.

As exposições seguem até o domingo na Torre Malakoff, com horário estendido das 15h às 22h. Além dos 194 trabalhos selecionados em cinco categorias pela mostra competitiva (veja os vencedores aqui), existem individuais de Ral (artista homenageado), dos gêmeos paulistanos Fábio Moon e Gabriel Bá, dos mineiros Nelson Cruz e Márcio Leite, do paraibano Shiko, do cartunista paulista Baptistão e do piauiense Jota A. A entrada é gratuita.

Confira agora a seleção que o Quadro Mágico fez dos trabalhos expostos:


ARIANO SUASSUNA, POR BAPTISTÃO


ILUSTRAÇÃO DE NELSON CRUZ PARA MOBY DICK


CARTUM DE JOTA A


CARTUM DE MÁRCIO LEITE


CARTUM DE RAL, SELECIONADO PELO SALÃO DE BERLIM 1975


CARTUM DE RAL PUBLICADO PELO PASQUIM


CARTUM DE LI XIAOANG (CHINA), MENÇÃO HONROSA NO FIHQ 2007

9º FIHQ – imagens da abertura (domingo, 16/09)


GRANDE PAINEL COM PERSONAGENS CLÁSSICOS RECEBEM OS VISITANTES DO 9º FIHQ

Fiquei sem acesso à internet nos últimos sete dias.

Por isso, publico somente hoje algumas fotos do evento de abertura do Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco. A nona edição do evento segue até dia 06 de outubro, na Torre Malakoff (exposições) e Oi KAbum! Escola de Arte e Tecnologia (palestras e oficinas).

A festa aconteceu no dia 16 de setembro, das 16h às 20h. Na ocasião foram abertas as exposições e revelados os trabalhos premiados pelo salão.


JOÃO LIN, MASCARO, HKE (LIVRINHO DE PAPEL FINÍSSIMO EDITORA), SAMUCA E JOTA A, REVELAM MAIS UM PREMIADO NA MOSTRA COMPETITIVA

Do começo ao fim, o evento foi animado por palhaços e malabaristas numa performance circence realizada pela ONG Arricirco. Algodão doce, pipoca e churros de graça fizeram a alegria não só da criançada.


JOÃO LIN FALA SOBRE A IMPORTÂNCIA DA FORMAÇÃO DE PÚBLICO E DA PROFISSIONALIZAÇÃO DOS ARTISTAS

Na abertura estiveram os membros da comissão julgadora, formada pelos artistas gráficos Baptistão (SP), Jota A (MA), Márcio Leite (MG), RAL (PE), os irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá (SP), Alejandro Archondo (Bolívia) e Avril Filomeno (peruana radicada na Bolívia), ambos do coletivo de quadrinhos sediado em La Paz, Viñetas com Altura, mais os curadores João Lin, Mascaro e Samuca, da Associação dos Cartunistas Pernambucanos – Acape.


TURMA DA PESADA FAZ A FRENTE DO FIHQ


RAL, O HOMENAGEADO, POSA AO LADO DO BONECO DO BOI MISTERIOSO CONFECCIONADO ESPECIALMENTE PARA SUA EXPOSIÇÃO


VALE A PENA CONHECER A EXPOSIÇÃO DOS IRMÃOS MOON E BÁ


ESPAÇO EXCLUSIVO PARA O TRABALHO DO CARICATURISTA BAPTISTÃO (SP)

Saiba quem são os convidados do FIHQ 2007

Os jornais do Recife hoje celebram a 9a. edição do “Festival Internacional de Humor e Quadrinhos de Pernambuco“, o FIHQ-PE, com as seguintes chamadas: “América do Sul é destaque na 9ª edição do FIHQ“, assinada por Júlio Cavani no Diario de Pernambuco; e “FIHQ volta à agenda cultural firme e forte“, escrita por Carol Almeida no Jornal do Commercio.

O motivo é que, junto com o edital que abre as inscrições para o salão do evento, os organizadores do evento revelaram quais serão os convidados a formar a comissão julgadora. Este ano, o FIHQ se realizará entre 16 de setembro e 7 de outubro, no Observatório Malakoff (Praça do Arsenal – Recife Antigo).

Diferente dos dois últimos anos, em que ficaram guardados a sete chaves até a semana que precede a abertura do festival, a lista dos convidados foi divulgada com 45 dias de antecedência, em coletiva de imprensa, na manhã de ontem, no Teatro Arraial (Boa Vista).

São eles: o caricaturista paulista Baptistão, o ilustrador mineiro Nelson Cruz, o chargista maranhense Jota A, o cartunista mineiro Márcio Leite, os irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá, o artista plástico paraibano Shiko, e o caricaturista e artista plástico boliviano Alejandro Archondo (ou somente ARXONDO, do coletivo de quadrinhos sediado em La Paz, Viñetas com Altura).

O grande homenageado é lendário cartunista Romildo Araújo Lima, o RAL, que ganha uma exposição retrospectiva de sua carreira, que começou nos anos 60, marcando as gerações seguintes de artistas pernambucanos (quando trabalhou na imprensa recifense) e brasileiros (desde os anos 70, quando passou a colaborar com o Pasquim). É de RAL a arte do Boi Misterioso, que será a marca e o troféu do evento deste ano(desenho acima).

Esta comissão julgadora premiará com R$ 6 mil (R$ 2 mil a mais do que no ano passado), o primeiro colocado em cada uma das cinco categorias.

Todos os artistas convidados terão exposições individuais montadas na Torre Malakoff, e provavelmente em outros locais da cidade. Além da exposição dos bolivianos Viñetas con Altura, haverá uma mostra com trabalhos de artistas do Peru, Bolívia, Uruguai, Chile e México.

Em maio deste ano, o Quadro Mágico publicou uma matéria sobre as novidades reservadas para o evento, que vão além da mudança do calendário – as oito primeiras edições do FIHQ foram realizadas sempre entre abril e maio. Para ler, clique aqui.

O FIHQ 2007 é uma realização da Associação dos Cartunistas Pernambucanos – Acape, em parceria com a Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco – Fundarpe (Governo do Estado), e apoio da Prefeitura do Recife e Oi Kabum! Escola de Arte e Tecnologia.