Para ele, nada é impossível

Rio de Janeiro – A capital carioca recebeu ontem a première brasileira de Missão impossível – Protocolo fantasma. É a única cidade da América Latina a ser colocada no mapa de lançamento desta superprodução de US$ 140 milhões. A consequência direta é que não dá pra chegar à esquina sem topar com cartazes de Tom Cruise de capuz, caminhando em sua direção, determinado a resolver algo misterioso e importante. Ele está no Brasil, depois de passar por mais dez cidades, entre elas algumas que serviram de cenário para o quarto filme da franquia. O Rio seria uma delas, mas foi substituído por Moscou. A nova lógica de marketing de Hollywood colocou a nave-mãe por último. Somente amanhã os EUA assistirão pela primeira vez o longa, que estreia mundialmente no dia 21.

A atriz Paula Patton, o DJ holandês Tiesto, o diretor Brad Bird e Brian Burk, um dos produtores ao lado de Cruise e J.J. Abrams, também estão na cidade para o evento, que estendeu tapete vermelho para Cruise ser tietado por quatro mil fãs no complexo de salas Cinepolis Lagoon. O tratamento especial para mercados emergentes como China, India e Brasil se explica na ponta do lápis: atualmente, são poucas as produções hollywoodianas que se pagam 100% com bilheteria norte-americana. De acordo com a assessoria de imprensa da Paramount Pictures, que distribui o longa, o mercado brasileiro se equipara ao do México, e isso não é pouco. Ainda não há número oficial, mas o circuito brasileiro deve ser ocupado em mais de 750 salas.

Curiosamente, a turnê pelo globo espelha o roteiro no filme, que começa em Budapeste e termina nos EUA. Na noite de terca-feira, o Diario de Pernambuco assistiu a sessão para a imprensa, em generoso digital IMAX. A maior parte da ação está concentrada na Rússia, Emirados Árabes e Índia. Em Dubai, Cruise chega a escalar o maior prédio do mundo com as mãos. Na Rússia, corre enquanto o Kremlin explode. Não faltam carros destruídos e mulheres bonitas, como Léa Seydoux (Meia noite em Paris),
a femme fatalle que atira com elegância de passarela.

Sucessor de Brian de Palma, John Woo e J.J. Abrams, que dirigiram os filmes anteriores, Bird é responsável por animações de sucesso, como Ratatouille e Os incríveis. Em coletiva ontem à tarde, ele disse que a experiência com animação ajudou a filmar algumas sequências de ação. “Devido ao porte do projeto e a rapidez com que ele foi realizado, só consegui pré-visualizar metade das sequências, como a da tempestade de areia. Tivemos que improvisar a outra parte, e minha experiência com animação ajudou nisso”.

Perguntado sobre referências e a autoralidade do projeto, Bird diz que buscou fazer uma homenagem à série original nas cenas de abertura, em que flashes da trama aparecem junto dos créditos. “Com recursos apropriados, podemos fazer o que quiser em qualquer mídia. Em uma animação, podemos imitar a realidade. Ao vivo, a espontaneidade é maior”. Para o produtor Bryan Burk, a marca de Bird está nos planos longos e coreografados, com elementos de comédia. Antes de terminar a coletiva, Burk adianta que Star Trek 2, sua próxima produção, começa a ser rodada mês que vem em Los Angeles.

Responsável pela discotecagem no tapete vermelho, Tiesto já havia trabalhado
com a música da série Piratas do Caribe. “Talvez por isso me chamaram”. Quando
começou o projeto, tinha dúvidas sobre o resultado, por se tratar de uma música tão
conhecida. “Não sabia se terminaria bem, mas no final funcionou porque encontrei a
batida certa”.

* O repórter viajou a convite da Paramount Pictures

(Diario de Pernambuco, 15/12/2011)

Tom Cruise no Brasil

Tom Cruise está no Brasil para promover o lançamento de seu novo filme, Missão impossível – Protocolo fantasma. Baseado na série televisiva que fez sucesso nos anos 1970, o quarto longa-metragem da franquia iniciada em 1996 estreia mundialmente no próximo dia 21.

Missão impossível – Protocolo fantasma foi exibido ontem à noite, em sessão para jornalistas. Nele, Ethan Hunt precisa evitar uma catástrofe nuclear arquitetada por um agente que acredita no extermínio como a solução para a humanidade. Para impedir o plano, ele conta com equipe da qual faz parte a agente Jane (Paula Patton). A femme fatalle Léa Seydoux (Meia noite em Paris) faz parte do elenco como uma espiã mercenária.

Hospedados no Copacabana Palace, Tom Cruise e Paula Patton (Preciosa, Hitch) serão vistos pelo publicamente às 19h, no tapete vermelho no complexo Cinepolis Lagoon, quando Missão impossível – Protocolo fantasma será exibido em sessão para convidados. O evento terá transmissão ao vivo pelo site http://www.missionimpossible.com.
Um pouco antes, à tarde, o diretor Brad Bird falara com a imprensa. Sucessor de Brian de Palma, John Woo e J.J. Abrams, que dirigiram sequencias anteriores, Bird se tornou conhecido por assinar as animações Rattatoulle e Os incríveis. O DJ Tiesto, também falará sobre seu trabalho como compositor da trilha sonora, que adapta a música original de Lalo Shifrin.

O Rio de Janeiro foi escolhido por Cruise, também produtor do longa, e a distribuidora Paramount, como uma das dez cidades estratégicas para o sucesso do filme, que permanece inédito nos Estados Unidos. Algumas delas, como Mumbai, Dubai e Moscou, serviram de locação para o filme, que também viaja para Budapeste.

Como nos outros filmes da franquia, a ação gira em torno de Tom Cruise, que protagoniza nas vertiginosas sequencias de ação, como a que ele escala, com ajuda de luvas tecnológicas, o maior edifício do mundo, em Dubai. Outros desafios surgem e, claro, só Cruise pode superá-los. Ao público, cabe acompanhar e se entreter com as peripécias do astro, que aos 50 anos, continua procurando adrenalina.

Cine PE 2010 lançado no Rio de Janeiro


Alfredo Bertini apresenta o Cine PE 2010 na noite de quarta Foto: Daniela Nader

Rio de Janeiro – Um dia depois do previsto, a programação do Cine PE 2010 foi anunciada na Praia de Copacabana, com presença de famosos que concorrem ou serão homenageados durante a 14ª edição do festival. Coincidência infeliz, a cerimônia originalmente seria na terça-feira, dia seguinte ao temporal que arrasou a capital carioca. No entanto, algumas regiões não foram afetadas pelas chuvas, entre elas, o quadrante onde fica a sede da Oi Futuro, local do evento.

A expectativa era saber se, tal qual promete a Bíblia, depois da tempestade, viria a bonança. E qual não foi a surpresa ao encontrar no lounge o compositor Oswaldo Montenegro, cercado de câmeras e microfones. A curiosidade logo seria saciada: ele acaba de finalizar Leo e Bia, antigo projeto de música e teatro, agora vertido para o cinema com trilha de Zé Ramalho, Ney Matogrosso, Zélia Duncan, Sandra de Sá e Paulinho Moska. “Para mim é um privilégio. O melhor que poderia acontecer com o filme seria começar em Pernambuco”, disse Montenegro, acompanhado de grande elenco, do qual faz parte a atriz Françoise Fourton. Roberto Farias, diretor de Assalto ao trem pagador e presidente da Academia Brasileira de Cinema, também prestigiou o evento. “É de arrepiar ver três mil pessoas reunidas para assistir ao cinema brasileiro”.


Oswaldo Montenegro e equipe de Leo e Bia Foto: Daniela Nader

A programação de longas, selecionada a partir de 70 inscrições, foi anunciada pelo casal Alfredo e Sandra Bertini, que fizeram a seleção junto com Hermes Leal, editor da Revista de Cinema. Antes, Alfredo Bertini lamentou que Giuseppe Tornatore, convidado internacional que sucederia o greco-romano Constantin Costa-Gavras, não confirmou presença. Ele estaria à frente de uma mostra de cinema italiano. Disse que vai lutar para trazê-lo ano que vem.

Dos seis longas em competição, apenas Leo e Bia e o documentário Cinema de Guerrilha, de Evaldo Mocarzel, gozam de ineditismo. As melhores coisas do mundo, de Laís Bodanzky (Bicho de Sete Cabeças), será lançado no circuito comercial no próximo dia 16. Sequestro, de Wolney Atalla, Não se pode viver sem amor, de Jorge Durán, e O homem mau dorme bem, de Geraldo Moraes, já foram exibidos em outros festivais. De acordo com os organizadores, o critério foi, além da qualidade fílmica, a representação proporcional de todos os recantos do Brasil que se dispuseram a inscrever seus filmes. O mesmo valeu para guiar a escolha dos curtas.

Hors concours – Fora de competição, O bem-amado, de Guel Arraes, terá premiére nacional na noite de abertura oficial, segunda-feira, dia 26. Arraes e a Globo Filmes serão homenageados, ao lado de Julia Lemmertz e Tony Ramos. Dois outros filmes inéditos serão exibidos em sessão hors concours: Quincas Berro D’Água, de Sérgio Machado (Cidade Baixa), e Continuação, documentário sobre Lenine, dirigido por Rodrigo Pinto. Lemmertz esteve presente no lançamento e disse que guarda boas lembranças de sua passagem no Cine PE em 2003, quando participou do filme As três irmãs, de Aloísio Abranches.

Outras novidades anunciadas são a mostra itinerante em Olinda, seminários que serão transformados em livro e a volta histórica do Cine PE ao Cine São Luiz, que receberá a Mostra Pernambuco (24 e 25 de abril) e a cerimônia de premiação. Bertini justifica a presença de filmes de outros estados na mostra pernambucana, como os longas de Marcelo Brennand e de José Eduardo Souza Lima (Zé José), por serem “produtos que se relacionam ou são filmados Pernambuco”. Também foi apresentada a campanha de divulgação, desenvolvida pela Mart Pet e estrelada por Bruno Garcia, Dira Paes e Flavio Pardal. Este ano, em vez de investir na combinação de cinema e símbolos regionais, o tema é economia da cultura.

O lançamento carioca do Cine PE foi justificado pela BPE Produções como um mecanismo de divulgação de Pernambuco e da cidade do Recife, o que contemplaria o interesse dos patrocinadores locais (Fundarpe, Empetur e Prefeitura do Recife). Outro motivo, disse Bertini, é o fato de que boa parte dos longas e curtas selecionados são produções do Rio de Janeiro. Mas claro que um agrado aos patrocinadorescariocas faz bem. Realizado com R$ 1,9 milhão, o Cine PE precisa estar garantido ano que vem, quando a Petrobras avaliará a continuidade de patrocínio ao evento.

(Diario de Pernambuco, 09/04/2010)

Festival do Rio anuncia longas em competição

O Festival do Rio 2009, que se realiza entre 24 de setembro e 8 de outubro, anunciou ontem os longas da mostra Première Brasil.

Dois deles serão exibidos esta semana no Festival de Veneza: o pernambucano Viajo porque preciso, volto porque te amo, de Marcelo Gomes e Karim Ainouz; e o paulista Insolação, de Daniela Thomas e Felipe Hirsch.

Outros filmes que competem pelo troféu Redentor são Bellini e o demônio, de Marcelo Galvão, Cabeça a prêmio, de Marco Ricca, Do começo ao fim, de Aluizio Abranches, Histórias de amor duram apenas 90 minutos, de Paulo Halm, Hotel Atlântico, de Suzana Amaral, Natimorto, de Paulo Machline, O amor segundo B. Schianberg, de Beto Brant, Os famosos e os duendes da morte, de Esmir Filho, Os inquilinos, de Sergio Bianchi, Sonhos roubados, de Sandra Werneck. Todos são inéditos no Brasil.

Lançados no último Festival de Paulínia, Antes que o mundo acabe, de Ana Luiza Azevedo e Olhos azuis, de José Joffily, assim como o longa de Thomas e Hirsh, serão exibidos em sessões hors concours.

Os documentários em competição são À margem do lixo, de Evaldo Mocarzel, Belair, de Noa Bressane e Bruno Safadi, Dzi Croquettes, de Tatiana Issa e Raphael Alvarez, Reidy, a construção da utopia, de Ana Maria Magalhães, Sequestro, de Wolney Atalla, Tamboro, de Sergio Bernardes e Penas alternativas, de Lucas Margutti e João Valle. Cidadão Boilesen, de Chaim Litewski e Alô Alô Terezinha!, de Nelson Hoineff, terão exibições hors concours.

Bastardos inglórios, novo filme de Quentin Tarantino, será exibido pela primeira vez no Brasil durante o Festival do Rio, com a presença do cineasta.

A agenda da visita inclui entrevistas para a imprensa e sua presença na concorrida sessão de gala, que encerra o festival e serve de pré-estreia de luxo. Será no dia 7, às 21h30, no Cine Odeon.

O Incrível Hulk visita o Brasil em setembro

O boletim especializado em cinema Filme B informou que uma equipe de oito pessoas chegou hoje ao Rio de Janeiro para começar a pré-produção de The Incredible Hulk no Brasil.

Também conhecido como “Hulk 2“, o filme será dirigido por Louis Leterrier (Danny the Dog) e conta com Edward Norton, Liv Tyler, Tim Roth e William Hurt no elenco. A estréia está marcada para 2008.

No Brasil, a produção será wem setembro e outubro, em locações no Rio de Janeiro. De acordo com o jornal O Globo, um dos locais pode ser a favela Tavares Bastos, no Catete. Na história, Bruce Banner (Norton) foge do exército e se esconde em uma favela. É mole?

É bom lembrar que a relação do gigante verde com nosso país não vem de agora. Mike Deodato, desenhista responsável pelo personagem durante um bom tempo, é de Campina Grande, Paraíba.

Alguns blogs especulam que “The Incredible Hulk” não seja exatamente uma sequência do interessante “The Hulk“, dirigido por Ang Lee em 2003. Que o novo filme seria mais fiel à série televisiva do começo dos anos 80 e à origem do personagem registrada nos quadrinhos.